Novas fronteiras agrícolas impulsionam a próxima safra
“O Brasil das grandes fronteiras e espaços agrícolas acabou"

Segundo informações divulgadas pelo CIESP Santos, com base em reunião promovida na Fiesp em 7 de abril, o Brasil deve colher em 2025 cerca de 324 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. O encontro contou com a presença do presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), Jacyr Costa, do governador do Piauí, Rafael Fonteles, e de especialistas do setor que discutiram as novas fronteiras agrícolas e as perspectivas para o agronegócio brasileiro no próximo ano.
O produtor rural e conselheiro do Cosag, Walter Horita, destacou que existem duas definições principais para o conceito de fronteira agrícola. A primeira está relacionada a áreas geográficas ainda pouco exploradas e com potencial produtivo. A segunda, no entanto, envolve o avanço tecnológico no campo, e é nessa vertente que Horita aposta como chave para o futuro da agricultura nacional.
Horita reforçou que a inovação será responsável por sustentar o crescimento da produtividade rural, mais do que a simples ampliação de área plantada. Ainda assim, ele mencionou que regiões como o Matopiba continuam oferecendo oportunidades de expansão territorial para o agronegócio, desde que associadas a tecnologias modernas e boas práticas agrícolas.
“O Brasil das grandes fronteiras e espaços agrícolas acabou. A narrativa de país abundante, com solo e clima perfeitos, não é científica. A nova fronteira agrícola é a tecnológica”, afirmou. Entre os fatores essenciais para o aumento da eficiência produtiva, o conselheiro citou a agricultura de precisão, a eletrificação do campo, a irrigação, além da melhoria na logística de armazenagem e transporte.