Trigo gaúcho avança, mas doenças afetam padrão de qualidade
Produtores de trigo enfrentam perdas de qualidade em algumas regiões do estado
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (31) pela Emater/RS-Ascar, a colheita de trigo segue em ritmo intenso no Rio Grande do Sul, mesmo com os desafios climáticos que comprometeram a qualidade dos grãos em certas regiões. No total, 48% da área plantada já foi colhida, com os produtores ampliando turnos para aproveitar o tempo seco. Em regiões planas, a umidade no solo prolongou a interrupção da colheita após a chuva de 24 de outubro.
O Planalto e o Alto Uruguai concentram lavouras com grãos de melhor qualidade. No entanto, nas regiões Central, Fronteira Oeste, Noroeste e Planalto Médio, a presença de doenças como brusone e giberela, incentivada pelas chuvas frequentes, comprometeu o padrão de qualidade, reduzindo o peso hectolitro (PH) e a capacidade de panificação dos grãos. Em Santa Rosa, a colheita está 75% concluída, com rendimentos variados e a previsão de queda de 10% na produtividade regional.
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Na região Frederico Westphalen apresentou produtividade satisfatória, mas com algumas áreas registrando PH abaixo dos 78 kg/hl ideais. Já na Campanha, lavouras ainda em fase inicial de maturação continuam recebendo cuidados contra doenças foliares.
Se acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço do trigo no estado, o preço médio do trigo PH 78 registrou um aumento de 0,21% em relação à semana anterior, pasando de R$ 67,39 para R$ 67,53. O produto em questão foi avaliado na Bolsa de Cereais de Cruz Alta em R$ 78,00/sc. Em Santa Rosa, otrigo de PH 76 está sendo cotado a R$ 59,00; de PH 74, R$ 54,00; e R$ 45,00 de PH 72. Trigo com PH abaixo de 72 é classificado como triguilho, cujo preço está R$ 40,00.