Valorização de 12,7% no milho marca 2024

Segundo o boletim Agro em Dados, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) em janeiro de 2025, o mercado do milho apresentou uma valorização de 12,7% entre julho e dezembro de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Apesar desse aumento, os preços permanecem abaixo dos valores registrados em 2022.

A boa produtividade da safra 2021/22 resultou em altos estoques, especialmente no Centro-Oeste, que lidera a produção de milho safrinha. O excedente gerou desafios no armazenamento, evidenciando a necessidade de expansão da infraestrutura de estocagem na região. O ranking dos principais destinos do milho brasileiro sofreu mudanças significativas em 2024. Houve uma redução drástica nas exportações para a China (-85,8%) e Japão (-56,4%). Em contrapartida, Egito e Irã aumentaram as aquisições, tornando-se os principais compradores do cereal.

Para Goiás, o impacto da retração das exportações foi ainda mais acentuado, com queda de 90,2% no volume enviado à China e 32,4% ao Japão. Os principais destinos do milho goiano agora são Vietnã, Coreia do Sul e Irã.

As expectativas para 2025 indicam uma redução de 5,6% no volume de exportações brasileiras de milho. O mercado interno deve absorver grande parte da produção, atendendo à demanda por alimentação animal e biocombustíveis. A área plantada na primeira safra será a menor já registrada na série histórica da Conab, com 3,7 milhões de hectares no Brasil. Em Goiás, a área também permanecerá no menor nível histórico. Contudo, a segunda safra deve compensar parcialmente a queda, com crescimento estimado de 1,0% na área plantada no Brasil e 8,9% em Goiás.

O desempenho do mercado do milho dependerá de variáveis como clima, câmbio e flutuações no comércio internacional. A combinação desses elementos será decisiva para os resultados da safra e as condições de mercado em 2025.