Mercado hortifrúti oscila: veja quais produtos ficaram mais baratos ou caros
Tendência para os próximos meses dependerá das condições climáticas
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Os preços da alface e da batata apresentaram queda no último mês nos principais mercados atacadistas do Brasil. A alface registrou redução média de 13,23%, puxada pela queda das cotações na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Já a batata teve recuo de 11,58%, impulsionado pela oferta abundante do tubérculo.
Por outro lado, produtos como cenoura e tomate ficaram mais caros. A cenoura subiu 47,89% na média ponderada, enquanto o tomate teve alta de 9,55%. Apesar do aumento, algumas centrais de abastecimento ainda registraram preços inferiores aos do ano passado. Em Belo Horizonte, por exemplo, o tomate caiu 28% na comparação com janeiro de 2024.
A variação de preços é comum nessa época do ano e pode ser explicada por fatores climáticos. Chuvas intensas dificultam a colheita e reduzem a oferta, enquanto o calor excessivo impulsiona o consumo, pressionando os preços para cima. No caso da cenoura e do tomate, a alta veio após um período de preços baixos no segundo semestre de 2024, que desestimulou o produtor e reduziu a produção.
Cebola, frutas e tendências para os próximos meses
A cebola também teve aumento no preço médio, influenciado pela menor oferta nos mercados. Neste período do ano, a produção vem, principalmente, da Região Sul, elevando os custos logísticos até os centros consumidores mais distantes.
Entre as frutas, laranja e mamão ficaram mais baratos, com quedas de 6,31% e 3,59%, respectivamente. O aumento da oferta desses produtos impactou diretamente os preços no atacado. Já a banana teve leve recuo de 0,63%, devido ao aumento da produção em São Paulo e Santa Catarina e à menor demanda no período de férias escolares. A maçã permaneceu praticamente estável, com leve alta de 0,49%.
A melancia foi uma das exceções entre as frutas e registrou aumento nos preços, mesmo com uma demanda mais fraca no início de janeiro. A oferta do produto subiu nos primeiros dias do mês, mas caiu na sequência, o que impactou os valores praticados no atacado e varejo.
A tendência para os próximos meses dependerá das condições climáticas e da recuperação da produção de hortifrútis. A expectativa é que o início da safra de algumas culturas alivie os preços de certos produtos, enquanto outros podem continuar em alta, dependendo da oferta e demanda.