Brasil e Holanda: Colaboração em bioinsumos
O sucesso do mercado brasileiro de bioinsumos é sustentado por três fatores principai
No mês passado, uma missão inovadora reuniu representantes de nove empresas e organizações holandesas no Brasil para explorar o mercado de bioinsumos, um setor em rápido crescimento no país. A delegação destacou o potencial de cooperação entre os dois países, unindo a expertise holandesa em pesquisa e inovação às oportunidades do mercado brasileiro, que já movimenta US$ 1 bilhão e cresce a 20% ao ano.
O sucesso do mercado brasileiro de bioinsumos é sustentado por três fatores principais: a regulamentação ágil que reduz prazos para aprovação de novos produtos, o vasto setor agrícola do Brasil com 60 milhões de hectares cultiváveis, e uma base sólida de pesquisa e inovação. Instituições como Embrapa, USP/ESALQ e o Instituto Biológico desempenham papel fundamental na criação de soluções avançadas, enquanto parcerias público-privadas, como o SPARCBio, potencializam a aplicação de tecnologias. Essas inovações têm impacto direto em diversas culturas, como a soja, a cana-de-açúcar e os citros, promovendo melhorias no controle biológico e na produtividade.
A missão holandesa, liderada por Anneke van de Kamp, incluiu empresas como Koppert e Wageningen University. O programa envolveu visitas a instituições renomadas e a produtores agrícolas para demonstrar soluções práticas em culturas como soja e cana-de-açúcar. A delegação também se concentrou em como as tecnologias holandesas podem beneficiar a produção de citros, além de explorar a possibilidade de aplicar bioinsumos em culturas menores como batata, cenoura, flores e vegetais, que ainda apresentam grande potencial de desenvolvimento no Brasil. Além disso, discussões com entidades brasileiras como MAPA e SINDIVEG ampliaram o entendimento sobre o marco regulatório local, favorecendo o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.
As áreas prioritárias para colaboração incluem o intercâmbio educacional e regulatório, o desenvolvimento de bioinsumos para culturas menores e a produção em larga escala de agentes biológicos como o parasitóide Telenomus podisi, usado no controle de pragas da soja.