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2024/25: safra de arroz deve crescer 14% no Brasil

A produtividade média também deve crescer



Foto: Divulgação

Segundo o Agro em Dados de dezembro da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo de Goiás, o arroz, terceiro cereal mais cultivado no mundo, reafirma sua importância econômica, social e cultural no Brasil. O grão se consolida como alimento essencial para a segurança alimentar e símbolo da identidade gastronômica nacional. Adaptado a climas tropicais e subtropicais, com temperaturas entre 20°C e 35°C, o arroz exige solo rico em nutrientes e pH levemente ácido, além de abundância de água para sistemas irrigados. Em escala global, o Brasil figura como o 11° maior produtor na safra 2023/24, atrás de China e Índia, responsáveis por mais da metade da produção mundial.

A safra brasileira de arroz na temporada 2024/25 deve atingir 12 milhões de toneladas, o melhor resultado em seis anos, com alta de 14% na produção e de 10,1% na área plantada. A produtividade média também deve crescer 3,5%.

Goiás, sexto maior produtor nacional, registra perspectivas ainda mais promissoras. O estado deve expandir a área plantada em 24% e aumentar a produção em 19,6%, destacando-se no cultivo do arroz de terras altas (sequeiro), cujo crescimento foi impulsionado pelo aumento de 44,2% na área plantada.

De acordo com o Agro em Dados, no Brasil, o arroz é cultivado em dois sistemas principais. O irrigado, predominante no Sul, garante maior produtividade devido ao controle de água, mas exige maior investimento. Já o sequeiro, típico das regiões Norte e Centro-Oeste, depende do regime de chuvas e apresenta menor custo, porém está mais suscetível a pragas e doenças.

A Embrapa Arroz e Feijão, sediada em Goiás, lidera pesquisas para o desenvolvimento de cultivares mais resistentes e produtivas. Os avanços incluem soluções contra doenças como a brusone e tecnologias que fortalecem a rentabilidade dos produtores, além de garantir maior segurança alimentar.

Apesar do aumento na produção, os preços apresentaram queda em novembro, com o valor médio de R$ 111,66 por saca de 60 kg — uma redução de 1,9% em comparação ao ano anterior. A retração reflete a oferta elevada, a estabilidade na demanda interna e a expectativa de safra recorde.

No mercado internacional, o Brasil perdeu competitividade devido à retomada das exportações indianas, ampliando a concorrência global. No entanto, os estoques nacionais devem dobrar em 2024/25, atingindo 855,6 mil toneladas, o que contribui para estabilidade nos preços.

Programas governamentais também têm impulsionado a produção. O projeto federal “Arroz da Gente” oferece crédito, assistência técnica e apoio à comercialização para a agricultura familiar. Em Goiás, o programa “Mix do Bem”, promovido pelo Goiás Social, distribui alimentos desidratados com arroz, soja e vegetais a famílias vulneráveis. A iniciativa recebeu reconhecimento internacional pelo Fab City Awards 2024 no combate à fome e ao desperdício, conforme o boletim.

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