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Milho: preços estáveis e desafios na exportação

Próximas semanas serão decisivas para o mercado de milho no Brasil


Foto: Pixabay

De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os preços do milho no Brasil permanecem estáveis, mas há um viés de alta devido à menor produção deste ano. A possibilidade de recuperação dos preços depende do ritmo de exportação nos próximos sete meses, a partir de julho. Para uma recuperação mais sustentável, o país precisaria exportar cerca de 50 milhões de toneladas do cereal. Em junho, a média de preços no Rio Grande do Sul fechou em R$ 57,80 por saco, enquanto as principais praças praticaram R$ 55,00. Em outras regiões, os preços oscilaram entre R$ 37,00 e R$ 59,00 por saco. Na B3, os primeiros contratos fecharam no dia 26 de junho entre R$ 57,07 e R$ 67,45 por saco.

Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

No Mato Grosso do Sul, a colheita da safrinha de milho atingiu 8,2% da área cultivada, com 43,9% das lavouras em boas condições, 20,7% em condições regulares e 35,4% em condições ruins, conforme dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). Até 17 de junho, o estado havia comercializado 97,8% da segunda safra de 2023, com o preço médio do produto negociado a R$ 48,38 por saco.

Já no Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) relatou que a colheita da safrinha alcançou 37,6% da área plantada até o final da semana anterior, superando a média histórica de 27,4% para o período. A produção final esperada é de 45,8 milhões de toneladas, uma queda de 12,8% em relação às 52,5 milhões de toneladas colhidas no ano anterior.

Paraná e Centro-Sul

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) informou que 42% das lavouras da segunda safra já foram colhidas até a virada da semana. Do restante, 14% das lavouras estão em frutificação e 86% em maturação, com 48% em boas condições, 34% regulares e 18% em condições ruins.

No Centro-Sul do Brasil, a colheita da safrinha atingiu 34% da área até 20 de junho, segundo a AgRural. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reportou uma colheita de 28%, com os seguintes percentuais por estado: Mato Grosso (40,1%), Paraná (29%), Tocantins (25%), Goiás e Mato Grosso do Sul (12%), Maranhão e São Paulo (10%), Minas Gerais (8%) e Piauí (1%). A safra de verão estava colhida em 91,6% da área total do país.

Exportações e Projeções

Nos primeiros 15 dias úteis de junho, o Brasil registrou uma média diária de exportação de milho de 42.463 toneladas, uma queda de 13,8% em relação à média de junho do ano anterior, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro caiu 23% este ano, ficando em US$ 201,60 na terceira semana de junho de 2024. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta uma exportação total de milho de 1,06 milhão de toneladas para este mês de junho, 170.000 toneladas abaixo do registrado no mesmo mês de 2023.

As próximas semanas serão decisivas para o mercado de milho no Brasil, com a expectativa de que o ritmo de exportações e as condições das lavouras influenciem os preços e a dinâmica do mercado. A CEEMA continuará monitorando e analisando os desenvolvimentos para fornecer atualizações detalhadas ao setor.

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