Atrasos na lavoura mexem no mercado de milho
No Paraná, a cultura do milho apresenta melhora
De acordo com informações da TF Agroeconômica, baseadas em dados da Conab e do Deral, o cenário do milho no Brasil apresenta atrasos no plantio e na colheita em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enquanto o Paraná aponta recuperação e Mato Grosso do Sul enfrenta queda nos preços.
No Rio Grande do Sul, 95% da área pretendida para o milho 1ª safra foi plantada, enquanto 18% já foi colhido, um avanço em relação à semana anterior, mas abaixo dos 28% do ano passado. O clima seco favorece a colheita, mas a falta de chuvas afeta negativamente áreas em florescimento, resultando em perda de produtividade. Os preços variam entre R$ 68,00 em Santa Rosa e R$ 74,00 em Arroio do Meio. A exportação começou a se movimentar com indicações a R$ 80,00/saca para entrega em fevereiro.
Em Santa Catarina, o plantio foi concluído, mas apenas 2,9% da colheita foi realizada, significativamente abaixo dos 9% do ano anterior. O estresse hídrico devido à redução das precipitações é preocupante. O estado, que depende de importações, tem registrado menor entrada de milho paraguaio e argentino, enquanto ofertas no porto de São Francisco do Sul variam de R$ 72,50 a R$ 72,70.
No Paraná, a cultura do milho apresenta melhora, com expectativas de excelente produtividade segundo o Deral. No entanto, o ataque de cigarrinhas preocupa. O plantio da 2ª safra avança com boas condições de umidade no solo. Os preços do milho spot estão em torno de R$ 67,00/saca no interior, e compradores no porto de Paranaguá oferecem até R$ 73,00/saca.
Já em Mato Grosso do Sul, a média de preços caiu, com destaque para Campo Grande (R$ 62,50) e Chapadão (R$ 59,60). Apesar da valorização de 4,78% na primeira quinzena de janeiro, o mercado físico enfrenta retração, refletindo uma comercialização mais lenta da safra 2024 em comparação ao ano anterior.