Como os mercados agrícolas iniciaram a semana?
O milho segue a mesma tendência em Chicago
Os mercados globais de grãos começaram esta segunda-feira, 27 de janeiro, com quedas generalizadas, influenciadas pela redução temporária das tarifas de exportação da Argentina, válida até 30 de junho. Segundo a TF Agroeconômica, essa medida pode acelerar a liquidação de estoques e a exportação de grãos e subprodutos pelo país vizinho, pressionando os preços internacionais de soja, milho e trigo.
A soja na Bolsa de Chicago (CBOT) registra queda, com contratos para março cotados a US$ 1.049,00 por bushel, após atingirem a máxima de US$ 1.050,75 e mínima de US$ 1.040,00. No mercado interno brasileiro, o indicador CEPEA fechou em R$ 134,41 por saca, com leve alta de 0,46% no dia, mas acumulando queda de 3,59% no mês.
O milho segue a mesma tendência em Chicago, com os contratos futuros a US$ 482,25 por bushel, uma redução de 4,25 pontos. No Brasil, o preço no mercado físico CEPEA ficou praticamente estável em R$ 73,86 por saca (-0,03% no dia, +1,61% no mês), enquanto na B3 os contratos futuros fecharam em R$ 75,21 (-1,60%). Além da influência argentina, a proximidade da colheita de soja no Brasil pode acelerar o plantio da segunda safra de milho.
“Além disso, algumas chuvas registradas no fim de semana em áreas agrícolas argentinas influenciaram tanto o milho quanto a soja, contribuindo para a tendência de baixa de ambos os grãos”, comenta.
Já o trigo apresenta leve recuo nos EUA, com contratos para março cotados a US$ 540,75 por bushel, enquanto no mercado interno os preços se mantêm estáveis ou com pequenas variações: CEPEA Paraná R$ 1.415,67 (-0,00%) e CEPEA Rio Grande do Sul R$ 1.288,78 (+0,03%). A entrada da oferta sul-americana no mercado mundial também contribui para o movimento de baixa.
“As quedas foram limitadas por uma nova queda do dólar em relação ao euro, que seguiu a tendência da semana anterior e que continuou a melhorar a competitividade das exportações dos EUA”, conclui.