Trigo paraguaio segue com mercado travado
No mercado global, os preços seguem relativamente estáveis

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo paraguaio teve mais um dia de pouca atividade, sem negociações registradas tanto no mercado interno quanto nas exportações ao Brasil. A explicação continua sendo a mesma das sessões anteriores: os vendedores consideram os preços atuais pouco atrativos e preferem aguardar melhores indicações. Do outro lado, os compradores, especialmente as usinas locais, não demonstram intenção de subir suas ofertas, respaldados por estoques confortáveis.
Entre as indicações levantadas, os traders seguem mirando preços entre US$ 250 e US$ 252 por tonelada retirada de silos próximos à fronteira com o Brasil. Já a moagem na região de Campo 9 mantém suas cotações em torno de US$ 255/t. Esse descompasso entre oferta e demanda reflete a atual cautela no setor, com os agentes priorizando uma postura mais conservadora diante da estabilidade no cenário internacional.
No mercado global, os preços seguem relativamente estáveis. O trigo hard americano permanece cotado a US$ 251/t, o soft em US$ 231/t, o argentino em US$ 250/t (preço oficial) e US$ 244/t (mercado), enquanto o francês mantém US$ 244/t. O trigo russo gira em torno de US$ 250/t FOB no Mar Negro e US$ 290/t em Kaliningrado. O trigo ucraniano com 11,5% de proteína está cotado a US$ 240/t e o romeno com 12,5% em US$ 255/t.
No mercado físico para a safra 2024/25 na região do Up River, os preços futuros também demonstram estabilidade: abril a US$ 244/t, maio a US$ 246/t, junho e julho em US$ 242/t. Esses patamares indicam um cenário de concorrência acirrada, em que o trigo paraguaio precisa encontrar espaço competitivo diante da ampla oferta de outras origens internacionais.