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Milho pode continuar sua trajetória de queda na B3

Plantio do milho segunda safra está atrasado no Brasil



Foto: Divulgação

Segundo dados da análise do especialista do Grão Direto divulgada nesta segunda-feira (28), o mercado de milho segue atento às condições climáticas na Argentina e ao atraso no plantio da segunda safra no Brasil, além da recente redução das taxas de exportação no país vizinho. A safra de milho 2024/25 na Argentina está sob forte pressão devido às altas temperaturas e à escassez de umidade, especialmente na província de Entre Ríos. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa de produção para 49 milhões de toneladas. A volatilidade climática segue como um fator de preocupação para os produtores argentinos.

Segundo a Conab, o plantio do milho segunda safra no Brasil está atrasado, com apenas 0,5% da área cultivada até o momento, contra 5% no mesmo período de 2024. O principal motivo é o atraso na colheita da soja, provocado pelas chuvas intensas. Apesar de o mercado ainda não demonstrar grande preocupação, um prolongamento desse cenário pode impactar a produtividade da safra.

O plantio deve ganhar ritmo entre o fim de janeiro e fevereiro, mas as condições climáticas continuarão sendo um fator determinante para o desempenho da lavoura.

O governo argentino anunciou uma redução temporária nas taxas de exportação de produtos agrícolas, válida de 27 de janeiro a 30 de junho de 2025. A medida, prometida pelo presidente Javier Milei, reduz as alíquotas para soja (de 33% para 26%), derivados de soja (de 31% para 24,5%) e grãos como trigo e milho (de 12% para 9,5%).

A mudança visa impulsionar o setor agrícola argentino, que enfrenta dificuldades devido à seca e aos baixos preços. No entanto, essa política pode aumentar a competitividade das exportações do país, pressionando o agronegócio brasileiro.

Na Bolsa de Chicago, o contrato de março do milho se encontra em um ponto decisivo. Para manter a tendência de alta, os preços precisam permanecer acima de US$ 4,80/bushel. Caso contrário, pode haver pressão vendedora, levando as cotações a patamares entre US$ 4,70 e US$ 4,47/bushel.

No Brasil, o milho na B3 pode continuar sua trajetória de queda, rompendo a barreira dos R$ 75,00 por saca. No entanto, um avanço no plantio da segunda safra pode reverter esse cenário e trazer maior estabilidade ao mercado físico.

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