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Colheita lenta na Argentina: milho 42%, soja 87%

Colheita de milho e soja abaixo da média em meio a condições climáticas adversas


Condições climáticas adversas afetam colheita de milho e soja na Argentina. Condições climáticas adversas afetam colheita de milho e soja na Argentina. - Foto: United Soybean Board

O boletim semanal de clima e lavouras do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) Argentina indica um quadro climático que pode ter implicações significativas para as atividades agrícolas no país. O ritmo da colheita de milho está abaixo da média, com apenas 42% das áreas concluídas, enquanto a soja, apesar de estar em 87%, também fica abaixo da média dos últimos cinco anos. As condições climáticas adversas, incluindo geadas e falta de chuvas, além do ataque de cigarrinhas em algumas regiões, contribuem para o atraso e a baixa produtividade. 

Durante a última semana, os eventos de chuva mais destacados foram observados na região Patagônica, com acumulados baixos, sendo o valor máximo registrado em San Julián, Santa Cruz, atingindo 33,2 mm. Este registro foi superior ao normal para a época. No restante do território argentino, as chuvas variaram  entre normais e inferiores ao normal.

As temperaturas mínimas médias na maior parte da Argentina foram mais baixas do que o esperado para esta época do ano. No centro do país, as temperaturas mínimas médias estiveram até 5°C abaixo dos valores históricos. Em regiões como o centro e oeste do país, as temperaturas mínimas médias semanais ficaram abaixo de 8°C. As menores temperaturas mínimas da semana, com valores inferiores a 2°C, foram registradas nas regiões Pampeana, Cuyo, oeste do NOA (Noroeste Argentino) e Patagônia.

Essas condições climáticas adversas, incluindo as temperaturas mínimas baixas, resultaram na ocorrência de geadas agrometeorológicas em diversas províncias do centro do país, com temperaturas mínimas abaixo de 3°C durante 1 a 6 dias na semana. Províncias como Santiago del Estero, Catamarca, Tucumán e Salta também registraram temperaturas baixas. Nas regiões de Formosa e Chaco, houve registro de um dia com temperaturas mínimas inferiores a 3°C. Na região Pampeana, as temperaturas mínimas ficaram abaixo de 3°C entre 1 e 4 dias durante a semana.

 

Condições das lavouras

As condições do cultivo de milho variam significativamente nas diferentes regiões da Argentina. A maior parte das áreas apresenta condições que variam de "boas" a "regulares". No entanto, destaca-se a região nordeste, onde as condições são predominantemente "regulares a más" e "más", indicando desafios significativos para os produtores de milho nessas áreas. Esta variabilidade está associada ao ataque de cigarrinhas, temperaturas elevadas e a falta de chuvas nas semanas anteriores

Para a soja de primeira safra, as condições são geralmente mais favoráveis. Grande parte das áreas cultivadas está em estado "bom" ou "regular". No entanto, a região nordeste do país enfrenta desafios, apresentando condições que variam de "regulares a más" a "más". 

As condições da soja de segunda safra seguem um padrão semelhante ao da primeira safra, com a maioria das áreas apresentando condições "boas" ou "regulares". No entanto, a região nordeste continua a apresentar condições "regulares a más", indicando que essa área é consistentemente problemática para o cultivo de soja na região.


Fonte: INTA


Andamento da Safra

Milho: O milho se encontra majoritariamente em fase de maturação em toda a área cultivada. A colheita avançou, atingindo 42% das áreas monitoradas, 4,8% acima da safra anterior, mas abaixo dos 49% da média dos últimos 5 anos.

Soja: Tanto o cultivo de soja de primeira safra quanto o de segunda safra estão em fase de maturação na maior parte da área semeada. As operações de colheita alcança em 87%, 0,7% acima da safra anterior, mas abaixo da média dos últimos 5 anos (92%)

Trigo:O trigo está na fase de plantio, tendo alcançado 8% da área projetada para a semeadura, 2% abaixo do ritmo da safra anterior mas 1% acima da média dos últimos 5 anos. Destaque para a região de Córdoba, onde a semeadura avançou em 32% das áreas monitoradas.

 

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