Milho: Aproveite os níveis atuais da B3
A demanda doméstica continua robusta
Segundo informações da TF Agroeconômica, o anúncio de uma safra de milho brasileira possivelmente 10 milhões de toneladas superior à estimativa da Conab tem aliviado o mercado, com reflexos nos preços. O valor da saca já começa a cair, podendo atingir R$ 68,00, formando um padrão gráfico triangular que sugere novas quedas. Nesse contexto, a TF recomenda aproveitar os atuais preços atrativos da B3, que apresentam lucro de 5,54%, para fixar os preços do milho destinado à próxima safrinha, antes que as cotações recuem ainda mais, em um movimento similar ao observado no ano passado.
Entre os fatores de alta no mercado internacional, destacam-se os preços elevados em Chicago, impulsionados pelo aumento da demanda da indústria de etanol nos Estados Unidos e o ritmo acelerado das exportações norte-americanas. A recente confirmação pelo USDA de uma venda de 150 mil toneladas de milho para a Colômbia e o aumento de 31% nas remessas acumuladas em relação ao ano passado reforçam essa tendência. Além disso, as exportações acumuladas já representam 22% da projeção anual do USDA, acima da média histórica de 19%.
Por outro lado, no Brasil, o cenário exportador tem mostrado sinais de redução. Segundo a ANEC, a previsão para exportações em dezembro foi ajustada para 4,10 milhões de toneladas, abaixo das 4,90 milhões de novembro e bem distante das 6,59 milhões registradas no mesmo período do ano passado. Apesar disso, a demanda doméstica continua robusta devido aos bons preços das carnes, sustentando os valores internos do milho como um dos destaques do mercado. Diante desse panorama, a TF Agroeconômica reforça a necessidade de monitoramento constante das oscilações de mercado e das estratégias de comercialização, especialmente em um cenário de aumento da produção e maior competitividade internacional.