Exportações de trigo limitadas no RS e SC
Os negócios com moinhos seguem cautelosos, focados em contratos futuros
O mercado de trigo no sul do Brasil apresenta movimento lento, com os produtores aguardando melhor definição de qualidade para fechar negócios. Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul, a colheita avançou, apesar das chuvas, alcançando 77% das áreas, restando regiões mais ao norte e nordeste para concluir.
Os negócios com moinhos seguem cautelosos, focados em contratos futuros. Os preços se mantêm em R$ 1.250,00 no extremo norte, R$ 1.220,00 no Planalto, e R$ 1.200,00 na região Celeiro. As exportações de trigo para moagem foram limitadas pela estabilidade do dólar, com ofertas no porto a R$ 1.330,00 para janeiro, enquanto o trigo para ração teve ofertas melhores para exportação, a R$ 1.240,00 CIF para embarque em dezembro e pagamento em janeiro.
Em Santa Catarina, a colheita começa a ganhar força, com previsão de 433 mil toneladas para esta safra. No final de setembro, 13% das lavouras estavam em fase de maturação e agora começam a ser colhidas. A condição das lavouras é amplamente favorável, com 96% consideradas boas. Os primeiros lotes colhidos estão sendo negociados com moinhos entre R$ 85/saca (R$ 1.416,95/t CIF) e R$ 90/saca (R$ 1.500/t CIF). Os preços aos produtores oscilaram na semana: em Canoinhas, o valor subiu para R$ 74,00/saca; em Chapecó, caiu para R$ 72,00; e em Xanxerê, aumentou para R$ 78,00/saca.
No Paraná, o mercado também caminha devagar, com moinhos do Centro-Sul indicando compras a R$ 1.300,00 para o trigo vindo do Rio Grande do Sul e a R$ 1.450,00 para outros lotes. Os vendedores têm preferido esperar por preços melhores, mantendo a pedida em R$ 1.500,00 para o tipo 1, FOB. No entanto, os compradores estão cautelosos, com estoques elevados e expectativas de que alguns produtores precisem vender rapidamente devido à safra. Esse cenário contribui para a baixa movimentação e a estabilidade dos preços no estado.