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Holcus Spot no milho: Sintomas e manejo da doença  

Recomenda-se a aplicação preventiva de fungicidas multissítio



Embora essa bactéria não cause grandes prejuízos diretos na produtividade, é importante monitorar sua evolução Embora essa bactéria não cause grandes prejuízos diretos na produtividade, é importante monitorar sua evolução - Foto: USDA

De acordo com Lucas Magni, engenheiro agrônomo na Cocamar Cooperativa Agroindustrial, o Holcus Spot é uma doença foliar causada pela bactéria Pseudomonas sp., especialmente Pseudomonas syringae pv.. Os sintomas iniciais incluem pequenas manchas verdes umedecidas, que evoluem para lesões cloróticas e necróticas. Em muitos casos, essas lesões podem ser confundidas com fitotoxicidade de herbicidas ou outras doenças foliares do milho, dificultando o diagnóstico preciso no campo.  

Embora essa bactéria não cause grandes prejuízos diretos na produtividade, é importante monitorar sua evolução. Se as lesões aumentarem e comprometerem uma parte significativa da folha, podem afetar o processo fotossintético, reduzindo o potencial produtivo da lavoura. O monitoramento constante é essencial para evitar que a doença se agrave, especialmente em condições climáticas favoráveis à sua disseminação, como alta umidade e temperaturas amenas.  

Como estratégia de manejo, recomenda-se a aplicação preventiva de fungicidas multissítios, que podem auxiliar na redução da esporulação da bactéria. Entretanto, por se tratar de uma doença bacteriana, ainda não há produtos registrados especificamente para seu controle no milho. Isso limita as opções de tratamento e reforça a necessidade de boas práticas agrícolas para minimizar os impactos da doença na lavoura.  

Em algumas culturas cucurbitáceas, já existem ingredientes ativos registrados para o manejo de doenças bacterianas, como cobre metálico, hidróxido de cobre, casugamicina, óxido cuproso e acibenzolar-s-metílico. No entanto, o uso desses produtos no milho não é oficialmente recomendado. Assim, o melhor caminho para evitar perdas é a adoção de estratégias preventivas, como a rotação de culturas, o uso de sementes certificadas e o manejo adequado da umidade, fatores que contribuem para reduzir a incidência dessa e de outras doenças foliares.
 

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