Soja sobe em Chicago após quedas seguidas
Após cinco sessões consecutivas de queda, a oleaginosa encontrou suporte

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em alta nesta quarta-feira, impulsionada por compras de oportunidade após seguidas desvalorizações. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato para maio, referência para a safra brasileira, subiu 1,28%, encerrando a sessão a US$ 10,11¾ por bushel, enquanto o contrato para julho avançou 1,11%, cotado a US$ 10,25 por bushel. O farelo de soja para maio teve alta de 2,15%, atingindo US$ 299,8 por tonelada curta, e o óleo de soja para o mesmo vencimento subiu 0,35%, sendo negociado a US$ 42,99 por libra-peso.
Após cinco sessões consecutivas de queda, a oleaginosa encontrou suporte na atuação de fundos que operavam em posição de venda excessiva, criando espaço para movimentos de recuperação. No entanto, diversos fatores seguem pressionando as cotações, limitando uma recuperação mais robusta no curto prazo. A disputa tarifária global, com riscos de retaliações entre países afetados, ainda preocupa os investidores, podendo levar a novos recuos no mercado.
Além disso, de acordo com a TF Agroeconômica, a safra brasileira, que apresenta um ritmo acelerado de colheita, reforça a oferta no mercado global, adicionando um fator de pressão sobre os preços. Outro ponto de atenção é a China, que anunciou um aumento em sua meta anual de produção de grãos para cerca de 700 milhões de toneladas métricas, além de expandir seu orçamento de estocagem agrícola em 6,1% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 18,12 bilhões. A estratégia chinesa busca reduzir a dependência de importações dos Estados Unidos e do Brasil.