Milho sobe na B3: Veja

A Bolsa Brasileira de Mercadorias (B3) registrou alta nos contratos futuros de milho nesta quinta-feira (30), contrariando a tendência do dólar e da Bolsa de Chicago (CBOT), conforme análise da TF Agroeconômica. O atraso na colheita da primeira safra tem reduzido a disponibilidade do cereal no mercado físico, o que mantém os preços firmes diante da demanda ativa da indústria. Além disso, a semeadura tardia da segunda safra pode comprometer a produção total, restringindo ainda mais a oferta nos próximos meses.

Outro fator de sustentação dos preços é a possível imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre as importações de milho por México e Colômbia. Essa medida pode levar esses países a buscarem novos fornecedores, beneficiando o Brasil e a Argentina. Em um momento em que os preços poderiam recuar com o avanço da colheita, esses elementos contribuem para a estabilidade do mercado.

Os principais vencimentos registraram valorização no dia: março/25 fechou a R$ 76,08 (+R$ 0,34 no dia, -R$ 0,25 na semana); maio/25 a R$ 76,02 (+R$ 0,46 no dia, +R$ 0,43 na semana); e julho/25 a R$ 71,77 (+R$ 0,65 no dia, -R$ 0,55 na semana). Já na CBOT, o milho encerrou em baixa, com o contrato de março caindo 1,36%, a US$ 490,25/bushel, e maio recuando 1,18%, a US$ 501,50/bushel, reflexo da expectativa de novas tarifas dos EUA sobre o Canadá e o México.

A possibilidade dessas tarifas levou os investidores a realizarem lucros, pressionando as cotações em Chicago. Como o México é o maior comprador de milho americano, a medida pode afetar os embarques do país, ampliando as oportunidades para exportadores sul-americanos.