China aumenta metas de produção agrícola
Além disso, a China aumentou em 6,1% seu orçamento para estocagem de grãos

A China anunciou em 5 de março suas novas metas de produção agrícola para 2025, visando aumentar a produção de grãos e oleaginosas e garantir a segurança alimentar do país. Segundo informações da Reuters, a meta de produção foi estabelecida em 700 milhões de toneladas, um número mais ambicioso que a meta de 650 milhões de toneladas para 2024. Essa nova meta ocorre após uma colheita recorde em 2023, quando o país atingiu 706,5 milhões de toneladas.
Além disso, a China aumentou em 6,1% seu orçamento para estocagem de grãos e outros materiais essenciais, como óleos comestíveis, para 131,66 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 18,12 bilhões). Esse aumento reflete a intensificação dos esforços do governo para reduzir sua dependência de importações, principalmente do Brasil e dos Estados Unidos, que são responsáveis pela maior parte das suas importações agrícolas.
Em um contexto de crescente tensão comercial com os Estados Unidos, a China impôs novas tarifas sobre produtos agrícolas, incluindo soja, sorgo, trigo e milho, após uma recente elevação de 10% nas tarifas sobre diversos produtos importados dos EUA. Esse movimento é parte de uma disputa comercial que já dura anos, desde 2018, quando as tarifas começaram a afetar as importações agrícolas da China.
Embora a China tenha reduzido em 8% o valor total de suas importações agrícolas em 2024, para US$ 215 bilhões, devido ao aumento da produção doméstica, o país ainda se vê pressionado a expandir suas capacidades de estocagem e a melhorar a conectividade das suas instalações de armazenamento. A intenção é garantir um fornecimento estável de produtos como grãos, algodão, açúcar, carne e fertilizantes, e aprimorar a infraestrutura para lidar com as crescentes demandas internas.