Soja negociada em Chicago fecha dia em baixa
A principal razão para a queda foi a melhora nas condições climáticas

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em baixa nesta quarta-feira, pressionada pela previsão de chuvas nas áreas produtoras dos Estados Unidos, conforme análise da TF Agroeconômica. O contrato de maio, referência para a safra brasileira, caiu 0,07%, encerrando a sessão a US$ 1001,00 por bushel. O vencimento de julho recuou 0,05%, cotado a US$ 1015,00. No mercado de derivados, o farelo de soja para maio recuou 0,51%, a US$ 293,60 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,80%, atingindo US$ 42,64 por libra-peso.
A principal razão para a queda foi a melhora nas condições climáticas, reduzindo os riscos para o plantio da nova safra de soja e milho nos EUA. No entanto, a incerteza no cenário comercial global segue no radar do mercado. A recente proposta de tarifas sobre navios chineses levanta preocupações sobre a competitividade da soja americana, uma vez que pode encarecer as exportações e reduzir a demanda pelo grão dos EUA.
Outro fator baixista é o impacto das tarifas portuárias planejadas pelo governo dos EUA. Caso implementadas, essas taxas podem atingir embarcações associadas à China, seja por fabricação ou por pertencerem a frotas com navios chineses. A medida pode aprofundar a guerra comercial e ampliar as retaliações, prejudicando ainda mais a cadeia produtiva dos grãos americanos.
Diante desse cenário, os investidores seguem atentos aos desdobramentos das políticas comerciais e climáticas, fatores essenciais para determinar o rumo do mercado nas próximas semanas. “Fontes do setor de logística estimam que, para um graneleiro Supramax com capacidade de carga de 50.000 toneladas, uma taxa portuária adicional de US$ 2 milhões acrescentaria US$ 40 por tonelada, dobrando ou triplicando os custos de frete”, conclui.