As folhas marrons no cultivo de café, especialmente da espécie Coffea arabica L, muitas vezes preocupam os produtores, mas nem sempre indicam a presença de pragas ou doenças graves. Especialistas da empresa argentina Fungisagro apontam que esse problema geralmente está ligado a fatores ambientais ou de manejo inadequado, que geram estresse na planta. Identificar corretamente a causa é essencial para evitar prejuízos maiores e assegurar uma produção saudável e sustentável.
A irrigação é um dos principais fatores relacionados às folhas marrons. Tanto a falta quanto o excesso de água podem prejudicar o cafeeiro. Quando a planta sofre com escassez hídrica, suas folhas secam, enquanto o excesso de água pode apodrecer as raízes, resultando em sintomas similares. O equilíbrio na irrigação, aliado a uma boa drenagem, é fundamental para prevenir esse problema. Outro aspecto importante é a exposição ao sol e a variações bruscas de temperatura. O cafeeiro se desenvolve melhor em condições de luz indireta ou filtrada e em temperaturas entre 18 °C e 24 °C. Expor a planta a sol intenso ou mudanças térmicas extremas pode causar estresse e manchas marrons nas folhas.
Deficiências nutricionais também desempenham um papel relevante. A ausência de nutrientes essenciais, como nitrogênio, ferro ou potássio, pode enfraquecer a planta e alterar a coloração de suas folhas. Para evitar esse problema, é necessário adotar um plano de adubação balanceado e monitorar regularmente o estado do solo. Além disso, práticas de manejo inadequadas, como podas excessivas ou alterações repentinas nas condições do cultivo, podem agravar os sintomas. Embora menos frequentes, doenças como a ferrugem do café ou infestações por ácaros também podem ser responsáveis pelas folhas marrons. Nesse caso, a inspeção regular da lavoura e o uso de tratamentos específicos são essenciais.