Colheita do milho para silagem segue em ritmo acelerado
Emater projeta safra de 357 mil hectares de milho para silagem

De acordo com os dados divulgados no boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (6), a colheita do milho para silagem avançou atingindo 72% da área plantada no Rio Grande do Sul. A produtividade tem sido considerada satisfatória, permanecendo próxima à previsão inicial.
Ainda faltam 7% das lavouras em maturidade fisiológica, prontas para o corte, e 6% estão em enchimento de grãos. A floração já abrange 3%, e 12% das lavouras, incluindo os plantios recentes de safrinha, estão em desenvolvimento vegetativo.
As chuvas no período ajudaram na formação de biomassa foliar das semeaduras tardias e beneficiaram as lavouras que estão em enchimento de grãos.
A Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 357.311 hectares de milho para silagem na safra 2024/2025, com uma produtividade média estimada em 39.457 kg/ha.
Na região administrativa de Bagé, a reposição de umidade no solo favoreceu os cultivos, especialmente aqueles implantados em dezembro. Atualmente, 41% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 22% em florescimento, 12% em enchimento de grãos, 7% em ponto de corte e 17% já colhidas.
Em Erechim, a colheita está próxima da finalização, e os rendimentos ultrapassaram as projeções iniciais, alcançando 45 mil kg/ha. Em Ponte Preta, os 450 hectares cultivados apresentam uma produtividade ainda mais elevada, com 65 mil kg/ha.
Os preços da silagem, no momento da colheita, são de R$ 0,40/kg para a silagem na lavoura e R$ 0,65/kg para a silagem ensacada.
Na região de Santa Maria, 50% da área foi ensilada com bons resultados, mas as perdas no plantio tardio ocorreram devido à estiagem. As chuvas volumosas das últimas semanas ajudaram a repor a umidade no solo, permitindo o plantio de novas áreas para silagem.
Na região de Santa Rosa, embora tenha havido redução na qualidade nutricional da silagem, com menor teor de energia e proteína, a produtividade foi considerada satisfatória pelos produtores, especialmente em comparação às safras anteriores. Para a safrinha, a área destinada à silagem deve ser mantida devido ao aumento da demanda, causado pela estiagem, e à baixa oferta de forrageiras de verão.