Soja: estiagem reduz produtividade na Fronteira Oeste
Seca impacta soja no RS e produtores registram perdas

A falta de chuvas em março agravou a situação das lavouras de soja na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, segundo o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (27) pela Emater/RS-Ascar. Em municípios como Maçambará e Manoel Viana, as perdas já ultrapassam 60%, com produtividades variando entre 500 kg/ha e 1.200 kg/ha.
Em São Borja, a estimativa de perdas é de 55%, e algumas áreas apresentam produtividades tão baixas que a colheita se torna inviável. Na Campanha, as chuvas registradas em 22 de março foram insuficientes para amenizar o estresse hídrico das lavouras em fase de formação de vagens e enchimento de grãos. Em Bagé, Aceguá e Hulha Negra, as produtividades podem cair até 300 kg/ha por semana sem chuvas significativas.
Na Serra, a colheita avançou rapidamente em Caxias do Sul, atingindo 15%. No entanto, a baixa umidade dos grãos, chegando a 13%, compromete o peso e os rendimentos financeiros. Nos Campos de Cima da Serra, a estiagem já começa a afetar as lavouras mais tardias em enchimento de grãos.
Em Erechim, 50% das lavouras foram colhidas e 40% estão em maturação. A produtividade média é de 2.500 kg/ha, mas a ausência de chuvas em março ainda pode impactar os resultados. Diante da expectativa de valorização do preço, muitos produtores optam por armazenar a produção em cooperativas e cerealistas.