Cesta básica registra alta em 13 capitais do Brasil
A cidade de São Paulo lidera o ranking da cesta básica mais cara
O preço da cesta básica registrou alta em janeiro de 2024 em 13 das 17 capitais monitoradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores elevações ocorreram em Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). Por outro lado, quatro cidades apresentaram queda no custo dos itens essenciais: Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%).
A cidade de São Paulo lidera o ranking da cesta básica mais cara do país, com um valor de R$ 851,82, representando aproximadamente 60% do salário mínimo vigente (R$ 1.518). No cálculo do Dieese, para cobrir despesas básicas de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 7.156,15.
Fatores que impulsionaram a alta
O Dieese apontou que o aumento no custo da cesta básica foi impulsionado por três produtos essenciais:
Café em pó, que teve alta em todas as cidades pesquisadas no último ano.
Tomate, cujo preço subiu em cinco capitais e teve aumentos superiores a 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, devido às chuvas.
Pão francês, com elevação de preços em 16 das 17 cidades, reflexo da menor oferta de trigo nacional e da necessidade de importação em um cenário de câmbio desvalorizado.
Por outro lado, alguns produtos ajudaram a conter reajustes ainda maiores. A batata registrou queda em todas as capitais nos últimos 12 meses, enquanto o leite integral, apesar de oscilações, ficou mais barato em 12 cidades em dezembro. O arroz e o feijão também apresentaram redução nos preços recentes, devido ao aumento da oferta.