Soja fecha em baixa em Chicago
O relatório do USDA trouxe poucas mudanças
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A soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, com poucas alterações no relatório de oferta e demanda do USDA, segundo análise da TF Agroeconômica. O contrato para março, referência para a safra brasileira, caiu 0,57%, encerrando a $ 1043,50 por bushel. O contrato para maio recuou 0,49%, cotado a $ 1060,25 por bushel. O farelo de soja para março teve queda de 1,30%, a $ 296,6 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,87%, fechando a $ 46,13 por libra-peso.
O relatório do USDA trouxe poucas mudanças nos números de oferta e demanda, frustrando expectativas de cortes mais expressivos na safra da América do Sul. A quebra da produção argentina já parecia precificada, e a manutenção do saldo exportável do país não ajudou a sustentar os preços. Para Brasil e Estados Unidos, os dados permaneceram iguais aos do relatório de janeiro. Após uma breve tentativa de alta, o mercado voltou a operar no vermelho, sem forças para reverter as perdas.
Entre os fatores de atenção para fevereiro, estão os atrasos na colheita brasileira e as incertezas sobre uma possível guerra tarifária. A Conab informou que a colheita da soja no Brasil avançou para 14,8% da área apta, contra 8% no levantamento anterior e 20,9% no mesmo período de 2024. Em Mato Grosso, o avanço foi de 27,5%, bem abaixo dos 45,4% registrados no ano passado, reflexo do excesso de umidade.
O cenário indica que o mercado seguirá atento ao ritmo da colheita no Brasil e às movimentações comerciais globais. A expectativa de novas atualizações sobre a produção sul-americana e possíveis mudanças no fluxo exportador podem influenciar os preços nas próximas semanas.