IoT e certificação digital impulsionam produção de café
Projeto prevê a aplicação de soluções digitais para monitoramento de solo
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O uso de agricultura de precisão, internet das coisas (IoT) e certificação de sustentabilidade deve garantir maior competitividade à produção de café em pequenas e médias propriedades do nordeste de São Paulo e sul de Minas Gerais. A iniciativa, liderada pela Embrapa Agricultura Digital, será implementada este ano com financiamento do Consórcio Pesquisa Café.
O projeto prevê a aplicação de soluções digitais para monitoramento de solo, água e plantas nas lavouras de café, otimizando o manejo agrícola e garantindo maior eficiência no uso dos recursos naturais. Segundo a pesquisadora da Embrapa, Célia Grego, os dados coletados serão analisados por modelos estatísticos e geoestatísticos, contribuindo para aprimorar os processos de certificação de sustentabilidade.
A iniciativa atenderá dois modelos produtivos estratégicos: a cafeicultura familiar de montanha, em Caconde/SP, e a cafeicultura mecanizada, em Paraguaçu/MG. O município paulista faz parte dos Dez Distritos Agrotecnológicos, onde são realizadas pesquisas e capacitações pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (Semear Digital), financiado pela Fapesp.
O projeto terá duração de dois anos e buscará validar o uso da IoT para aprimorar o manejo hídrico e as técnicas de Agricultura de Precisão (AP). Também está prevista a criação de um modelo de tokenização para segurança e transparência de dados, garantindo a rastreabilidade das informações coletadas.
Com foco na certificação sustentável, a iniciativa garantirá que as propriedades adotem boas práticas no uso de recursos naturais. O projeto dará continuidade aos avanços obtidos em pesquisas realizadas no sul de Minas Gerais, como o estudo Agricultura de Precisão em Café, concluído em 2024.
Os resultados anteriores, desenvolvidos em parceria com as fazendas Santa Cruz e Roselândia, analisaram três safras e geraram informações valiosas para a produção de cafés especiais. A expectativa é que as novas tecnologias agreguem valor ao café nacional, impulsionando a competitividade dos pequenos e médios produtores no mercado.
Com informações da Embrapa*