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Como proteger o arroz da lagarta-da-panícula

Lagarta tem capacidade de causar danos severos à lavoura de arroz



Foto: Arquivo

A lagarta-da-panícula do arroz, conhecida cientificamente como Pseudaletia sequax, tornou-se uma ameaça crescente para os produtores brasileiros, comprometendo safras e pressionando o setor agrícola a adotar soluções integradas de manejo. A Pseudaletia sequax tem chamado atenção pela sua capacidade de causar danos severos à lavoura de arroz, especialmente na fase crítica de formação das panículas. Além de consumir os grãos em desenvolvimento, a praga enfraquece as plantas, aumentando a vulnerabilidade a doenças secundárias e reduzindo drasticamente a qualidade da colheita.

Produtores de diferentes regiões do Brasil têm relatado perdas significativas devido ao aumento da incidência da praga, impulsionada por fatores climáticos e pela monocultura. Com a produção nacional de arroz já enfrentando desafios, o combate à lagarta torna-se uma prioridade para preservar a segurança alimentar e a competitividade do setor.

A identificação precoce da praga é essencial para o controle eficaz. A lagarta apresenta coloração esverdeada no início da fase larval, evoluindo para tons escuros com listras claras e escuras. Ativa principalmente à noite, ela se esconde na base das plantas durante o dia, dificultando sua detecção.

Seu ciclo de vida acelerado em temperaturas elevadas é outro agravante. As condições climáticas favoráveis podem levar à multiplicação rápida das populações, exigindo monitoramento constante por parte dos produtores.

Estratégias de controle

A abordagem integrada é a mais indicada para combater a lagarta-da-panícula. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) combina métodos culturais, biológicos e, quando necessário, químicos para conter os surtos de maneira sustentável.

1. Controle cultural:

Rotação de culturas: Alternar o cultivo do arroz com leguminosas quebra o ciclo da praga.
Adubação equilibrada: Evita o excesso de nitrogênio, que pode atrair a lagarta.
Irrigação manejada: Reduz a umidade que favorece o desenvolvimento da praga.

2. Controle biológico:

Agentes naturais, como parasitoides e predadores, têm sido aliados eficazes no manejo. Insetos como vespas e besouros ajudam a reduzir a população da lagarta sem prejudicar o ecossistema.

3. Controle químico consciente:

O uso de inseticidas deve ser planejado para evitar a resistência da praga. A rotação de produtos com diferentes princípios ativos preserva a eficácia dos defensivos a longo prazo.

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