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Mercado de grãos: soja cai e milho aumenta

Atualmente, 68% das lavouras de soja estão avaliadas como boas a excelentes


Na última sexta-feira, os futuros de milho em Chicago recuaram significativamente Na última sexta-feira, os futuros de milho em Chicago recuaram significativamente - Foto: Nadia Borges

Na última semana, o mercado de soja observou uma queda nas cotações, com o contrato para agosto encerrando a 1.097,25 cents por bushel na Bolsa de Chicago, representando uma desvalorização de 0,7%, segundo a StoneX. Os vencimentos mais distantes também enfrentaram desvalorizações consideráveis. O principal fator por trás dessa pressão de baixa é o cenário climático favorável nas lavouras dos Estados Unidos. 

Atualmente, 68% das lavouras de soja estão avaliadas como boas a excelentes, um índice 8 pontos percentuais superior à média dos últimos cinco anos. Esse desempenho robusto nas lavouras, aliado a uma demanda que não tem apresentado surpresas positivas, tem pressionado as cotações da soja para baixo.

Além disso, o enfraquecimento do real, que normalmente poderia incentivar a comercialização, não foi suficiente para acelerar o ritmo de vendas no Brasil. A combinação dessas condições tem gerado um ambiente de baixa para os preços da soja, refletindo o equilíbrio entre uma oferta abundante e uma demanda moderada.

No que diz respeito ao milho, a situação é um pouco diferente. Na última sexta-feira, os futuros de milho em Chicago recuaram significativamente. O contrato de setembro caiu 2,9%, negociando a 390,5 cents por bushel. A principal razão para essa queda é a expectativa de alta produtividade nas lavouras dos EUA, que estão beneficiadas por condições climáticas favoráveis. Essa previsão de colheitas robustas está pressionando os preços para baixo no mercado futuro.

No entanto, o mercado brasileiro de milho apresenta um cenário distinto. Na B3, o preço do milho foi negociado a R$ 59,14 por sacaria no fechamento da última sexta-feira, marcando uma alta semanal de 1,4%. Esse aumento nos preços internos pode ser atribuído a dois fatores principais: a comercialização atrasada, que tem impactado a oferta no mercado, e o fortalecimento recente do dólar, que torna as exportações mais atraentes e contribui para o aumento dos preços internos.
 

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