Uso de nanopartículas de algas no solo agrícola
As nanopartículas de algas, por sua vez, surgem como uma tecnologia promissora

Segundo Lisardo A. Gonzalez Abelleira, consultor da empresa espanhola LAGAtech, a combinação de nanopartículas de algas com sulfato de amônio representa uma abordagem inovadora para melhorar a fertilidade dos solos e aumentar a produtividade agrícola. O sulfato de amônio ((NH4)2SO4) é um fertilizante amplamente utilizado devido ao seu alto teor de Nitrogênio (21%) e Enxofre (24%), essenciais para o desenvolvimento vegetal. Sua solubilidade e efeito acidificante tornam-no especialmente útil para solos alcalinos, facilitando a disponibilidade de nutrientes.
As nanopartículas de algas, por sua vez, surgem como uma tecnologia promissora por fornecer matéria orgânica e compostos bioativos que estimulam a microbiota do solo, melhoram a biodisponibilidade de nutrientes e aumentam a retenção de água, beneficiando a resistência à seca. Além disso, atuam como bioestimulantes naturais, promovendo o crescimento radicular e a absorção de nutrientes. Quando combinadas com o sulfato de amônio, essas nanopartículas podem potencializar seus efeitos, favorecendo a regeneração do solo.
A sinergia entre esses elementos pode ser aproveitada de diversas formas. O efeito acidificante do sulfato de amônio melhora a solubilização dos compostos liberados pelas nanopartículas de algas, enquanto estas estimulam o crescimento de microrganismos benéficos no solo. A aplicação pode ser feita via fertirrigação, pulverização foliar ou diretamente no solo, ajustando-se às necessidades específicas do cultivo. No entanto, é essencial um prévio diagnóstico do solo para evitar problemas como salinização ou acidificação excessiva.
Os impactos positivos dessa estratégia abrangem diversas culturas. Em cereais como trigo, milho e arroz, a absorção otimizada de nitrogênio favorece o crescimento vigoroso. Em hortaliças e frutíferas, os bioestimulantes naturais impulsionam a floração e frutificação. Já nas leguminosas, essa abordagem melhora a fixação biológica de nitrogênio, promovendo maior eficiência na nutrição vegetal. A combinação de nanopartículas de algas e sulfato de amônio, portanto, representa uma alternativa promissora para uma agricultura mais sustentável e produtiva.