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Clima adverso não prejudica lavouras de canola

Produtores mantêm atenção às geadas


Foto: Pixabay

As lavouras de canola na Serra Gaúcha continuam se desenvolvendo de forma satisfatória, apesar da nebulosidade, chuvas e queda de temperatura registradas na última semana. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (15) pela Emater/RS-Ascar, as geadas recentes não foram intensas o suficiente para afetar o potencial produtivo das lavouras em estádios reprodutivos. Nas regiões de Caxias do Sul, Erechim e Soledade, as lavouras ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento.

Os produtores têm mantido um acompanhamento rigoroso das lavouras, realizando tratamentos com inseticidas e fungicidas para controlar pragas e doenças. Nas lavouras mais tardias, a adubação em cobertura segue em andamento. A Emater/RS-Ascar projeta uma área cultivada de 134.975 hectares, com uma produtividade inicial estimada em 1.679 kg/ha.

Na região de Bagé, as chuvas bem distribuídas favoreceram o desenvolvimento das lavouras, especialmente nas áreas plantadas mais cedo. Na Fronteira Oeste, 24% dos 14.910 hectares cultivados estão em fase de floração, enquanto 76% ainda se encontram em desenvolvimento vegetativo.

Em Frederico Westphalen, a boa insolação ajudou na recuperação parcial das lavouras em desenvolvimento vegetativo, que correspondem a 80% da área. Entretanto, nas lavouras em estádios reprodutivos, que representam 20% da área, houve impactos negativos no potencial produtivo, como a baixa emissão de síliquas.

Na região de Ijuí, as lavouras de canola apresentam uma boa recuperação, com crescimento evidente, como a emissão de folhas basais grandes e de coloração verde-escura. Há uma variação considerável nos estágios fenológicos das lavouras, com algumas iniciando o enchimento de grãos e outras ainda em desenvolvimento vegetativo. As lavouras em floração mostram uniformidade, com plantas emitindo hastes principais de comprimento semelhante, dando a impressão de lavouras bem formadas.

Já na região de Santa Rosa, 44% das áreas cultivadas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 40% em floração, 13% em enchimento de grãos e 3% maduras. Os produtores continuam aplicando inseticidas e fungicidas devido ao aumento de doenças fúngicas, com a floração sendo predominante na maior parte das lavouras. As geadas de fraca intensidade ocorridas em julho não causaram danos significativos, mas há uma preocupação com as baixas temperaturas previstas para o próximo período, que podem afetar a produtividade final das lavouras, especialmente nas áreas em floração e enchimento de grãos.

Os trabalhos de tratos culturais, como a pulverização de fungicidas e inseticidas, controle de ervas daninhas e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, continuam em andamento nas lavouras.

Na região de Soledade, apesar do clima desfavorável, as lavouras mantêm seu rendimento produtivo. Os tratos culturais para controle de plantas invasoras e as adubações nitrogenadas em cobertura já foram concluídos, e o monitoramento de doenças segue em andamento.

Em termos de comercialização, a cotação média na região de Ijuí foi de R$ 101,30 por saca de 60 quilos; em Santa Rosa e Frederico Westphalen, R$ 108,00; e em Santana do Livramento, R$ 99,50. Em Passo Fundo, apesar de não haver comercialização, o preço cotado para a saca é de R$ 100,00.

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