Soja: Prêmios devem afundar ainda mais
"Fretes também já começam a ficar mais pressionados"
Os atuais indicativos de safra e da economia, sugerem que os prêmios da soja devem continuar caindo, segundo acredita Antônio Prado Neto, CEO da Pirecal calcário e conselheiro do agronegócio. De acordo com ele, a oleaginosa saltou quase 3% na sexta dia 10/01 na Bolsa de Chicago, depois da divulgação do relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
“Ontem 13/01, refletindo o relatório do USDA de sexta, divulgação das importações de soja pelo China em 2024, falta de chuvas em parte dos Estados do MS, PR, SC e RS no Brasil como também na Argentina e Paraguai, chineses voltando a comprar soja nos EUA antes da posse de Trump, estão contribuindo para a alta em Chicago em mais 2,5% no dia. Às altas também ocorreram no farelo de soja, milho e trigo”, comenta ele.
Trazendo a situação para o Brasil, ele explica que os prêmios começaram a cair e o fechamento de ontem fechou -40 para março/25, apesar do dólar estável. “Tudo indica que os prêmios devem afundar ainda mais, já que a colheita ainda não começou. Fretes também já começam a ficar mais pressionados e isso pode afetar o preço final em reais, mesmo com altas em Chicago”, completa.
“Soja pode até bater a barreira dos 11 dólares o bushel, porém parte destes ganhos podem ser anulados pela queda do prêmio, quando avaliamos o preço final em reais. Vamos ficar atentos, a evolução na comercialização de soja no Brasil já está em 36% , um bom volume para início de safra. Vamos em frente, a safra só está começando”, conclui o especialista, em seu perfil na rede social LinkedIn.