Milho sobe na B3: Veja os motivos
Em Chicago, o milho fechou em baixa com tarifas

O milho da Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) fechou com uma leve correção depois da forte queda do dia anterior, segundo informações da TF Agroeconômica. “Depois de uma forte queda no dia anterior, o milho negociado no B3 passou por correção neste meio de semana. A cotação de maio, a primeira que pode ser negociada, ainda fechou com leve saldo negativo, mas as demais conseguiram obter alguns ganhos”, comenta.
“O mercado brasileiro está de olho na guerra tarifária nos EUA, o que poderá aumentar a demanda externa pelo nosso milho. Com a demanda externa e interna aquecida, há espaço para a manutenção e até mesmo alta nos preços do milho. O ponto de atenção deverá ser o quanto o cereal pode ficar caro para a indústria local de ração, que pode buscar alternativas nos outros grãos”, completa.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia. “O vencimento de março/25 foi de R$ 88,69 apresentando alta de R$ 1,23 no dia, alta de R$ 2,28 na semana; maio/25 fechou a R$ 79,45, baixa de R$ -0,10 no dia, baixa de R$ -2,27 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 72,02, alta de R$ 0,16 no dia e baixa de R$ -1,34 na semana”, indica.
Em Chicago, o milho fechou em baixa com tarifas e decepção com o relatório WASDE. “A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão,fechou em baixa de -2,02 % ou $ -9,50 cents/bushel a $ 460,75. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,99 % ou $ - 9,50 cents/bushel a $ 467,50”, informa.
“As cotações do cereal foram atingidas por uma sequência de fatores negativos. O mercado não digeriu bem a não redução de estoques de milho nos EUA, em um momento em que a nova safra está perto de ser semeada e com aumento de área. A guerra tarifária pode levar a Europa a taxar o milho americano, assim como o Canadá e o México, a partir de abril”, conclui.