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Capacitação com IA ganha espaço na agricultura

IA treinada para interagir produz até mesmo avatar do pesquisador



Foto: Canva

Os próximos módulos de treinamentos da Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos (UR) têm a inteligência artificial como aliada na formulação e na transmissão de conteúdos pedagógicos. A inovação inclui até mesmo a criação de um avatar do principal instrutor da UR, o pesquisador científico Hamilton Ramos, diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

Resultante de uma parceria entre o CEA-IAC e o setor privado, a UR já treinou mais de 130 instrutores aptos a capacitar trabalhadores rurais para a atividade de aplicação de agrotóxicos. “Seja no formato EAD, presencial ou semipresencial, a IA ancora programas didáticos específicos, acessíveis a todos os participantes”, diz Ramos.

De acordo com Ramos, a UR detém, inclusive, qualificação para promover capacitação profissional nessa área com base nas exigências do Decreto nº 10.833/2021 (Programa Aplicador Legal), do Governo Federal. Os novos formatos de treinamento da UR atrelados à inteligência artificial, informa o pesquisador, passam a atender também empregadores do agronegócio e os próprios aplicadores de produtos.

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“Hoje em dia somente entre 30% e 40% dos aplicadores de agrotóxicos são treinados segundo boas práticas de saúde, segurança e tecnologias, abrangendo pequenas, médias e grandes propriedades. O déficit de qualificação na área é elevado no Brasil e precisa ser reduzido. Acreditamos que os recursos da IA podem contribuir para isso”, ressalta Ramos.

“Para a UR, mais relevante do que o número de pessoas treinadas, é a qualidade da aprendizagem, a facilitação para públicos com diferentes perfis assimilar conteúdos com vistas à segurança na aplicação de agrotóxicos”, diz o pesquisador. “Nosso modelo de IA está sendo treinado para atender a demandas de diferentes públicos frequentadores dos treinamentos, do agrônomo-instrutor até o trabalhador rural, com linguagem direcionada a cada um deles”, ele reforça.

“Esses formatos também estão plenamente sincronizados com a N.R. 31.7 (prevenção de acidentes com defensivos agrícolas)”, continua Ramos, idealizador dos métodos de treinamento da UR atrelados às premissas do programa ‘Aplicador Legal’. De acordo com ele, todos os programas de treinamento atrelados a agrotóxicos mantidos pelo centro de pesquisas de Jundiaí recebem chancela oficial do IAC – Instituto Agronômico.

 

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