Cebolinha e salsinha geram R$ 303 milhões no Brasil
Salsinha e cebolinha têm forte impacto econômico
De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a salsinha e a cebolinha têm se mostrado potências econômicas no setor agropecuário, embora ainda estejam um pouco “deslocadas” da atenção do consumidor nas prateleiras do varejo. Essas ervas, que podem ser cultivadas até mesmo em vasos em áreas como sacadas ou em pequenas hortas domésticas, representam uma importante atividade agrícola.
Segundo o Censo Agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil possui 87,3 mil estabelecimentos rurais que cultivam cebolinha, com uma produção de 97,4 mil toneladas (t), gerando R$ 303,1 milhões de Valor Bruto da Produção (VBP). A salsinha, por sua vez, foi cultivada em 30,8 mil propriedades, gerando 51,1 mil t e R$ 125,3 milhões de VBP.
O estado de São Paulo lidera a produção e o VBP das duas ervas, sendo responsável por 18% da produção de cebolinha (R$ 54,6 milhões) e 32% da produção de salsinha (R$ 40,2 milhões). Os municípios de Mogi das Cruzes e Piedade são os principais produtores de cada tempero, respectivamente.
No Paraná, o estado ocupa a quarta posição no VBP das duas ervas. Em 2023, a produção de salsinha e cebolinha foi realizada em menos de 1,5 mil hectares (ha). Juntas, essas culturas representam 1,1% do total de R$ 7,2 bilhões do VBP da olericultura no estado. A cebolinha foi cultivada em 749 hectares e gerou 10,3 mil t, com VBP de R$ 75,5 milhões. Já a salsinha, cultivada em 741 hectares, produziu 10,3 mil t, com VBP de R$ 77,7 milhões.
Em relação ao crescimento da área cultivada, houve uma evolução de 42,6% na produção de cebolinha desde 2014, quando a área era de 525 hectares. A salsinha teve um aumento de 63,5% no mesmo período, subindo de 453 hectares em 2014.
O Núcleo Regional de Curitiba se destaca pela significativa contribuição nas produções de ambas as ervas. Ele responde por 53,6% da produção de cebolinha e 61,8% da produção de salsinha no estado. Os municípios de São José dos Pinhais e Mandirituba são os principais polos de produção, com 30,2% e 36,6% respectivamente nas duas culturas.
Embora os valores mais recentes não superem os de anos anteriores, quando o VBP da cebolinha foi de R$ 117,1 milhões em 2020, e da salsinha foi de R$ 171,2 milhões em 2016, os números ainda demonstram a importância dessas culturas para a economia local.