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Como controlar a mancha aureolada no café

Para reduzir os riscos, é fundamental começar com mudas livres da bactéria



O desenvolvimento da doença é favorecido por condições climáticas específicas O desenvolvimento da doença é favorecido por condições climáticas específicas - Foto: Divulgação

A Mancha aureolada tem causado impactos significativos em lavouras de café, especialmente naquelas em estágio inicial de desenvolvimento, com até quatro anos, e nas que passaram por podas severas. As plantações localizadas em áreas altas e voltadas para as faces sul e sudeste de montanhas, frequentemente expostas a ventos frios, apresentam maior vulnerabilidade. A colheita mecanizada agrava a situação ao criar ferimentos que facilitam a entrada da bactéria.  

O desenvolvimento da doença é favorecido por condições climáticas específicas, como noites de temperaturas amenas, alta umidade e chuvas. Os sintomas incluem manchas pardas com bordas amareladas nas folhas, escurecimento nos ramos e danos que levam à queda das folhas. Além disso, flores e frutos jovens podem ser afetados, comprometendo a produtividade da lavoura.  

Para reduzir os riscos, é fundamental começar com mudas livres da bactéria. Caso a doença seja detectada em viveiros, as mudas contaminadas devem ser eliminadas, e as demais protegidas com tratamentos regulares utilizando fungicidas cúpricos ou antibióticos, como a casugamicina. Em campo, a adoção de quebra-ventos temporários, como girassóis e feijão guandu, ou permanentes, como bananeiras e eucaliptos, é uma prática recomendada para minimizar os danos causados pelos ventos frios.  

O engenheiro agrônomo Aldir Alves Teixeira, CEO da Experimental Agrícola/illycaffè, destaca que, devido à natureza bacteriana da doença, o manejo em campo é desafiador. No entanto, a combinação de práticas preventivas e tratamentos regulares pode ajudar a proteger as plantações e reduzir as perdas econômicas.

“O manejo da mancha aureolada se inicia pela utilização de mudas sadias; caso a doença seja detectada em viveiros, as mudas precisam ser destruídas e o restante deve ser protegido, com aplicações de fungicidas cúpricos e/ou de antibiótico (casugamicina), a cada 15 dias”, diz ele.
 

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