Clima mexe nos mercados de grãos: Confira
Já o mercado de trigo apresentou estabilidade nos preços
De acordo com a TF Agroeconômica, a soja recuperou parte das perdas recentes na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos para março encerraram a US$ 1.023,4 por bushel (+4,50), após três dias de queda. A alta foi impulsionada por compras estratégicas e pela preocupação com o impacto do clima seco na Argentina e no sul do Brasil sobre a produtividade das lavouras.
Porém, previsões de chuvas no fim de semana e o avanço da colheita no Brasil, com estimativas privadas de safra acima de 170 milhões de toneladas, limitaram os ganhos. No mercado interno, o preço da soja caiu 1,57%, sendo cotado a R$ 134,20/saca (Cepea).
O milho seguiu uma trajetória similar, com leves altas na CBOT. Os contratos para março fecharam a US$ 477,0 por bushel (+2,50), apoiados por um relatório positivo de exportações do USDA e pelo atraso na semeadura da safrinha brasileira, responsável por mais de 75% da produção total do país. No Brasil, o Cepea indicou queda de 0,73% no preço diário, com o milho cotado a R$ 74,42/saca, enquanto o acumulado mensal ainda registra alta de 2,38%. A maior oferta local segue como principal fator de alívio para os compradores.
Já o mercado de trigo apresentou estabilidade nos preços. Os contratos na CBOT para março encerraram a US$ 537,0 por bushel (-0,50), pressionados pela força do dólar frente ao euro, que reduz a competitividade das exportações americanas, e pela entrada de grãos da Austrália e Argentina. Por outro lado, a desaceleração nos embarques do Mar Negro oferece suporte aos preços. No Brasil, o trigo manteve cotações praticamente estáveis, com o Cepea registrando R$ 1.407,28/saca no Paraná (-0,04% no dia) e R$ 1.268,55 no Rio Grande do Sul (+0,59% no mês).