Empresas movimentam mercado de açúcar

Recentemente, a BP adquiriu totalmente a joint-venture com a Bunge no Brasil, em uma transação avaliada em US$ 43 por tonelada de capacidade de moagem. Isso fortaleceu sua posição no mercado, controlando agora 11 usinas com capacidade total de processamento de 32,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no país. As informações foram divulgadas pela Veeries.

Comparativamente, outras empresas do setor listadas na bolsa brasileira (B3) apresentam valores diversos de capacidade de moagem: Jalles Machado com US$ 39,4 por tonelada, Raízen com US$ 54,5 por tonelada e São Martinho com US$ 83,6 por tonelada. Enquanto isso, o valor de mercado médio das empresas de açúcar e etanol na B3 está em cerca de US$ 60,0 por tonelada de capacidade, refletindo uma das médias mais baixas desde os meses após o início da pandemia de COVID-19 e significativamente abaixo da média histórica de US$ 90 por tonelada.

Essa redução nos valores de mercado é atribuída às recentes quedas nas margens do açúcar, enquanto a rentabilidade do etanol ainda não se recuperou completamente. No entanto, há expectativas de melhora à frente, impulsionadas por dois principais fatores. Primeiro, a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil está prevista para ser abaixo do esperado, potencialmente elevando os preços. Além disso, a temporada de monções no Sudeste asiático está começando com menos chuvas do que o previsto, o que pode afetar negativamente a produtividade na Índia e na Tailândia, impactando os mercados globais de açúcar.

Essas análises são baseadas em dados de mercado e tendências financeiras recentes, destacando um cenário dinâmico para o setor de açúcar e etanol, com perspectivas condicionadas a variáveis climáticas e demanda global.