CI

Seca no Sul eleva preços de soja e milho

No mercado do milho, os futuros também registraram ganhos



Além da seca na Argentina, as incertezas climáticas no Brasil também têm gerado um impacto considerável Além da seca na Argentina, as incertezas climáticas no Brasil também têm gerado um impacto considerável - Foto: Ivan Bueno/APPA

Na semana passada, os futuros da soja avançaram, com o contrato para março de 2025 fechando a US$ 10,55 por bushel, registrando uma valorização de 2,1%. Esse movimento de alta foi impulsionado principalmente pelas preocupações com as condições climáticas na América do Sul, particularmente na Argentina, que reduziu suas estimativas de produção para a safra 2024/2025 devido à seca prolongada. No Brasil, a expectativa é de uma revisão das estimativas de safra em 3 de fevereiro, com a StoneX projetando uma possível redução na produção, especialmente no Rio Grande do Sul, que sofreu com a falta de chuvas. Apesar disso, a safra brasileira ainda deve alcançar um recorde de produção.

Além da seca na Argentina, as incertezas climáticas no Brasil também têm gerado um impacto considerável sobre o mercado da soja. Embora as projeções gerais para a safra brasileira ainda indiquem números positivos, a revisão das estimativas pode afetar a dinâmica do mercado nos próximos dias. De forma geral, as preocupações com o clima e a possibilidade de cortes nas previsões de produção sul-americana seguem sendo os principais motores dos preços da oleaginosa.

No mercado do milho, os futuros também registraram ganhos na última semana, com o contrato de março de 2025 negociado a US$ 4,865 por bushel, uma alta de 0,5%. Esse movimento foi impulsionado por um enfraquecimento do dólar, que tem beneficiado as commodities em Chicago. Além disso, as preocupações com o clima na Argentina, que afetaram a oferta de milho na região, seguiram oferecendo suporte ao mercado. Contudo, o preço enfrentou forte resistência ao atingir o patamar de US$ 5,00 por bushel, resultando em uma correção nos preços ao final da semana.

No Brasil, a cotação do milho na B3 apresentou uma queda significativa de 2%, fechando a semana a R$ 75,15 por saca. Essa desvalorização foi principalmente causada pela pressão do dólar, que perdeu força frente ao real desde o final de dezembro.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.