Safra brasileira pesa e soja fecha em baixa em Chicago
A entrada da safra brasileira no circuito comercial influenciou os preços
O mercado operou em cautela diante da possibilidade de imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e México pelo governo dos EUA - Foto: Nadia Borges
A soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira, impactada pela realização de lucros e pela expectativa de novas tarifas comerciais dos EUA. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, caiu 1,56%, ou 16,50 cents/bushel, encerrando a US$ 10,44. O contrato de maio recuou 1,44%, fechando em US$ 10,59¾. O farelo de soja para março registrou baixa de 1,65%, cotado a US$ 304,70 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja teve leve alta de 0,02%, a US$ 44,98 por libra-peso.
O mercado operou em cautela diante da possibilidade de imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e México pelo governo dos EUA. A medida foi confirmada após o fechamento do pregão e já impacta diversos produtos no setor financeiro. Além disso, o relatório de exportações dos EUA apontou queda de 71% nas vendas semanais e 33% abaixo da média de quatro semanas, frustrando expectativas do mercado.
Outro fator que pressionou os preços foi a entrada da nova safra brasileira no circuito comercial, aumentando a oferta global e reduzindo a competitividade da soja norte-americana. A combinação desses fatores resultou em um movimento de baixa na CBOT, com investidores ajustando posições diante do novo cenário econômico e comercial.
Nos próximos dias, a volatilidade deve continuar, à medida que o mercado avalia os impactos das novas tarifas sobre o comércio global. Caso a medida reduza as exportações dos EUA, o Brasil poderá ganhar espaço como fornecedor, sustentando melhores preços no mercado interno.
