Enchimento de grãos da soja depende da umidade do solo

Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (20), a produção de soja segue com grande heterogeneidade no Rio Grande do Sul. O volume irregular de chuvas, a época de semeadura e as limitações do solo influenciaram o potencial produtivo da cultura, com impactos mais severos nas regiões atingidas pela estiagem.

O retorno das chuvas atenuou o estresse hídrico das plantas, melhorando a turgescência foliar e favorecendo a retomada dos processos fisiológicos essenciais para os cultivos em fase vegetativa (6%) e de floração (32%). No entanto, 55% da área cultivada está na fase de enchimento de grãos, e a manutenção da umidade será determinante para evitar perdas ainda maiores.

Nas regiões mais afetadas, principalmente no Centro-Oeste do Estado, as lavouras semeadas no início do período recomendado apresentam porte reduzido, desfolha acentuada e perdas produtivas irreversíveis. Já as áreas implantadas em dezembro estão em plena floração e formação de vagens, mas o crescimento das plantas segue limitado. Muitas lavouras têm altura de apenas 20 a 30 cm, o que pode comprometer a produtividade.