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Mercado da soja em alta: Hora de fixar preços

Diante deste cenário, recomenda-se que os produtores aproveitem a alta atual


No Brasil, além da demanda por biodiesel, a quebra da safra anterior também contribui para a valorização No Brasil, além da demanda por biodiesel, a quebra da safra anterior também contribui para a valorização - Foto: Divulgação

As cotações da soja seguem em alta, tanto em Chicago quanto no mercado interno brasileiro, impulsionadas por uma demanda externa robusta e pelo aumento da procura interna por óleo para biodiesel, segundo a TF Agroeconômica. Em Chicago, essa elevação é sazonal, guiada pelas exportações, mas tende a ser passageira, já que a previsão de maior produção mundial a médio e longo prazo sugere uma possível retração nos preços. 

No Brasil, além da demanda por biodiesel, a quebra da safra anterior também contribui para a valorização. No entanto, os produtores devem ficar atentos, pois o mercado pode não alcançar os níveis de preço desejados, tornando essencial priorizar a busca por lucro em vez de apenas focar no preço.

Diante deste cenário, recomenda-se que os produtores aproveitem a alta atual para fixar preços para maio de 2025, período em que as cotações podem estar mais baixas devido ao excesso de oferta global. Caso haja confiança em um clima adverso novamente no Brasil, reservar 10% da produção para especulação pode ser uma estratégia, mas sem arriscar a saúde financeira.

Os fatores que impulsionam os preços incluem a reativação da demanda por soja americana, com o USDA reportando vendas superiores às expectativas, como a recente venda de 132 mil toneladas para a China. No Brasil, as condições climáticas desfavoráveis no Centro-Oeste e Centro-Sul, com 75% da área de soja enfrentando clima seco e quente, também colaboram para a alta, assim como os baixos estoques internos.

Por outro lado, os fatores de baixa incluem as chuvas leves no sul e leste do cinturão agrícola dos EUA, que favorecem o fechamento do ciclo da safra e o início de uma colheita com previsão recorde. A desvalorização do real frente ao dólar, que melhora a competitividade das exportações brasileiras, é outro fator de pressão para os preços. Além disso, a ANEC revisou para baixo as estimativas de exportações de soja e farelo em agosto, sinalizando uma possível acomodação do mercado. Na Argentina, a expectativa de um aumento da área plantada com soja, devido à cigarrinha, pode adicionar mais pressão ao mercado, reduzindo ainda mais os preços.
 

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