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Tragédia evidencia falta de políticas públicas: Especialista

Especialista diz que o que acontece no RS não é isolado


"Precisamos cobrar, e muito" "Precisamos cobrar, e muito" - Foto: USDA

O Brasil está enfrentando uma das maiores catástrofes ambientais de sua história no Rio Grande do Sul, devido a fortes chuvas que causaram inundações em várias cidades. As enchentes resultaram em casas e construções submersas, deixando centenas de desabrigados, mortos e desaparecidos. 

“É claro que chuvas nessa intensidade causam problemas, entretanto, quando se olha para o histórico da região, pode-se perceber que não é um caso isolado. Ainda em 1941, a cidade de Porto Alegre presenciou a cheia do Lago Guaíba, que atingiu 4,76 metros de altura. Já em 2024, o mesmo lago chegou aos 5,33 metros. Vale ressaltar que enchentes acontecem quando é quebrada a barreira dos três metros. Nota-se, portanto, que situações como essa são previsíveis e podem ser evitadas”, comenta Rogério Neves CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia.

Todas as esferas governamentais do Brasil devem urgentemente criar políticas públicas ambientais para prevenir futuras catástrofes, um esforço que deveria ter sido contínuo ao longo dos anos. Empresas também precisam contribuir, pois planos para evitar desastres não são feitos rapidamente e a ajuda é necessária agora. Nesse contexto, a CPE Tecnologia e a APAT vão doar uma parte de suas receitas de maio a seis instituições registradas no portal Para Quem Doar. A CPE destinará 1% das vendas de equipamentos e a APAT, 10% das receitas de cursos e manutenção de equipamentos, demonstrando compromisso com a sociedade.

“Mais do que isso, precisamos cobrar, e muito. Essa união da qual estamos falando deve ser constante e contemplar a reconstrução das cidades e das vidas dessas pessoas. Além disso, devemos atuar juntos para prevenir novas catástrofes. A responsabilidade é de todos e temos recursos para tal. Vamos, então, colocar nossa brasilidade em prática e trabalhar, afinal, até quando ainda teremos que ver tantas pessoas sofrendo por falta de compromisso com a sociedade?”, conclui ele.
 

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