Colheita mecanizada de feijão impulsiona eficiência na lavoura

A mecanização tem revolucionado a colheita de feijão, tornando o processo mais eficiente e menos dependente de mão de obra manual, um recurso cada vez mais escasso. Com três sistemas principais de colheita — manual, semimecanizado e mecanizado —, a busca por maior produtividade tem impulsionado a adoção de métodos totalmente mecanizados, conforme as informações divulgadas pelo agrônomo João Leonardo Corte Baptistella publicado no Blog da Aegro.

No modelo manual, o arranquio, trilha e abanação são feitos manualmente, resultando em um processo mais lento, oneroso e de menor eficiência. Já no sistema semimecanizado, o arranquio é feito manualmente, mas a trilha e abanação são mecanizadas, equilibrando custos e produtividade. Porém, é a colheita mecanizada que tem ganhado destaque. Ela se divide em dois formatos: a colheita indireta, que utiliza diferentes máquinas para arranquio, enleiramento, trilha, abanação e ensacamento; e a colheita direta, realizada por uma única máquina, similar ao processo adotado na soja e no milho.

Apesar dos benefícios, a colheita direta do feijão enfrenta desafios, especialmente relacionados às características das plantas e às condições do solo. Terrenos irregulares podem comprometer a qualidade dos grãos ao incorporar solo ao produto durante o processo. Por isso, a preparação adequada da lavoura é essencial.

Outro ponto crítico é o momento ideal para a colheita. A umidade das sementes deve estar em torno de 15%, evitando perdas e danos. O uso de dessecantes também é indicado para uniformizar a maturação e reduzir a presença de plantas daninhas. Além disso, a escolha de cultivares mais uniformes também contribui para a qualidade do processo.

O clima também exerce papel decisivo na colheita. Chuvas excessivas perto do período de colheita podem atrasar a entrada das máquinas e provocar a germinação precoce dos grãos ainda no campo, comprometendo a qualidade.

Para garantir o bom desempenho, as máquinas devem passar por manutenção preventiva e ajustes específicos antes do início da colheita. Regulagens adequadas são essenciais para evitar danos aos grãos e perdas durante a operação, conforme o informado pelo agrônomo.