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Importações predatórias atingem indústria química

O volume importado cresceu 11,5% em relação a 2023



O volume importado cresceu 11,5% em relação a 2023 O volume importado cresceu 11,5% em relação a 2023 - Foto: inpEV

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) alertou sobre a crise enfrentada pelo setor químico nacional devido às importações predatórias, especialmente dos Estados Unidos e da Ásia. Em 2024, o Brasil importou US$ 63,9 bilhões em produtos químicos, o segundo maior valor da série histórica, atrás apenas dos US$ 80,3 bilhões de 2022. 

O volume importado cresceu 11,5% em relação a 2023, totalizando 65,3 milhões de toneladas, com destaque para os 41,1 milhões de toneladas de intermediários de fertilizantes. Esses insumos poderiam ser produzidos no Brasil se houvesse maior oferta de gás a preços competitivos. Esse cenário resultou no aumento da capacidade ociosa da indústria nacional, afetando a competitividade do setor. 

O crescimento das importações impactou a produção local, especialmente em resinas e elastômeros (32,4%), orgânicos (14,3%), inorgânicos (9,1%) e outros químicos industriais (9,3%). Os produtos chegaram ao Brasil com preços 6,3% menores que no ano anterior, prejudicando a indústria e levando ao fechamento de fábricas estratégicas. A Ásia foi a principal origem das importações, representando 31% do total, com um déficit comercial de US$ 18 bilhões. 

Apesar das dificuldades, as exportações brasileiras de produtos químicos cresceram 4,3%, totalizando US$ 15,2 bilhões. O déficit comercial do setor foi de US$ 48,7 bilhões, uma redução em relação ao recorde de US$ 63 bilhões de 2022, graças aos preços baixos dos produtos importados. O Brasil teve saldo positivo apenas com Mercosul e Aladi, enquanto enfrentou déficits com a União Europeia, Nafta e Ásia.

   

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