Tabaco apresenta projeções de alta produtividade
O clima favorável tem impulsionado o desenvolvimento das lavouras
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na quinta-feira (26), no Rio Grande do Sul, a safra de tabaco segue com boas perspectivas para a temporada 2024/2025. O clima favorável tem impulsionado o desenvolvimento das lavouras, com destaque para as regiões de Pelotas, Santa Rosa, Soledade e Frederico Westphalen.
Na região de Pelotas, a colheita já atingiu 20% da área plantada e deve se intensificar até fevereiro, encerrando em março. A área total cultivada é de 27.363 hectares, envolvendo 8.977 produtores. O desenvolvimento das plantas é considerado excelente, graças às chuvas regulares que mantiveram o solo úmido ao longo do ciclo. Além da colheita, os agricultores seguem com o manejo de capações (eliminação das inflorescências) e aplicações de produtos para controle de brotações.
Em Santa Rosa, houve expansão da área plantada em razão das boas condições para a cultura, especialmente em Porto Lucena e São Paulo das Missões. A colheita já atinge 70% das lavouras, com produtividade estimada em 2.300 kg/ha, superando a média das últimas safras. Produtores estão otimistas com os rendimentos, atribuídos à combinação de boa luminosidade e temperaturas elevadas.
Na região de Soledade, a colheita está em fase final, com dois terços das lavouras já colhidas. A maturação das folhas foi acelerada pelas condições climáticas, resultando em uma safra abundante. A grande oferta para cura nas estufas gerou filas, mas não comprometeu a qualidade do tabaco. Apesar de uma leve redução no valor da arroba, os preços seguem altamente favoráveis.
Em Frederico Westphalen, os tratos culturais continuam, com controle de pragas e manejo de brotações. A umidade do solo e as temperaturas elevadas favoreceram o crescimento das plantas, permitindo que a colheita avance conforme o cronograma. Na região, o sistema de cultivo em galpão permanece como método principal, com plantas penduradas em arames para secagem.
A mão de obra, em grande parte, é familiar, e nas propriedades maiores, diaristas são contratados para auxiliar no corte. O tabaco colhido passa por um pré-murchamento de quatro a cinco dias na lavoura, facilitando a secagem e o transporte. A produtividade média tem se mantido elevada, com preços estimados em R$ 230,00 por arroba no mercado paralelo. Para produtores vinculados a empresas fumageiras, há expectativa de classificação na categoria B1, que garante melhor remuneração, conforme o Informativo Conjuntural.