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Preços do trigo iniciam ciclo com valorização

No Paraná, o mercado está lento



No Paraná, o mercado está lento No Paraná, o mercado está lento - Foto: Agrolink

Segundo levantamento da TF Agroeconômica, os preços da próxima safra de trigo no Rio Grande do Sul já superam os valores da safra anterior. Os moinhos iniciaram as ofertas a R$ 1.380,00 no interior, enquanto exportadores anunciaram R$ 1.400,00 FAS no porto, o que equivale a US$ 238 por tonelada FOB. Essa movimentação precoce indica uma tendência de valorização, reforçada pelo histórico de dezembro ser o mês de menor cotação do ano. No mercado local, o trigo pão é pedido entre R$ 1.550 e R$ 1.580, enquanto compradores oferecem até R$ 1.500, o que travou os negócios. A farinha teve reajuste de 15% para recompor estoques mínimos, mas o mercado segue frio.  

Em Santa Catarina, as pedidas continuam subindo, mesmo com poucos negócios efetivados. Os preços pagos aos triticultores mantiveram-se firmes ou em alta. Em Canoinhas, a saca permaneceu em R$ 76,00; em Chapecó subiu para R$ 75,00; Joaçaba manteve R$ 79,00; Rio do Sul e Xanxerê seguem com R$ 80,00 por saca, enquanto São Miguel do Oeste tem cotação de R$ 78,00. Os vendedores locais estão pedindo valores superiores aos praticados no RS e próximos aos do Paraná.  

No Paraná, o mercado está lento, com pedidas elevadas pelos vendedores, mas retração nas vendas de farinha. No spot, compradores indicam R$ 1.670 + ICMS CIF norte do estado. Para trigo diferido, moinhos indicam R$ 1.700 CIF. No futuro, há ofertas entre R$ 1.450 e R$ 1.500 FOB para setembro, enquanto outros pedem até R$ 1.700 FOB. A média da semana apurada pelo Deral foi de R$ 80,04 por saca, alta de 0,45%. Com custo de produção em R$ 73,53, o lucro médio do triticultor caiu de 13,39% para 8,85%, ainda positivo.  

A cotação do trigo importado também pressiona os preços internos: o produto argentino passou de US$ 259 para US$ 285 por tonelada FOB no porto de Rio Grande. No município gaúcho de Panambi, o preço da pedra permanece em R$ 74,00 a saca. Com a valorização interna e externa, o cenário aponta para uma possível continuidade da alta nas cotações ao longo dos próximos meses.
 

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