Exportações de ovos do Brasil caem
Entretanto, o desempenho das exportações no último mês de 2024 foi muito positivo
As exportações brasileiras de ovos, tanto in natura quanto processados, totalizaram 18.469 toneladas em 2024, uma queda de 27,3% em comparação ao ano anterior, quando o volume exportado foi de 25.404 toneladas. Esse declínio refletiu uma redução de 37,9% na receita das exportações, que somaram US$ 39,2 milhões, frente a US$ 63,2 milhões em 2023.
Entretanto, o desempenho das exportações no último mês de 2024 foi muito positivo. Em dezembro, as exportações brasileiras de ovos saltaram para 2.054 toneladas, um aumento de 116,8% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram registradas 947 toneladas. Em termos de receita, o crescimento foi de 72,2%, totalizando US$ 4,3 milhões, contra US$ 2,5 milhões no ano anterior.
O Chile foi o maior importador de ovos do Brasil em 2024, com 6.871 toneladas, um crescimento de 141,4% em relação ao ano anterior. Seguiram-se os Emirados Árabes Unidos (2.354 toneladas, +108,7%), os Estados Unidos (2.115 toneladas, +84,9%), o Japão (1.633 toneladas, -84,3%) e o Catar (1.107 toneladas, +7,1%).
Apesar da queda nas exportações no acumulado de 2024, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou que as exportações do setor se mantiveram em níveis superiores aos de dois anos atrás, com uma demanda interna forte. Ele também destacou que o último trimestre de 2024 marcou o início de um fluxo positivo nas exportações de ovos, um patamar que, segundo ele, deve ser mantido em 2025.
“As exportações do setor, embora pressionadas pela alta demanda interna pelo produto, se mantiveram sustentadas em patamares muito acima ao ocorrido há dois anos. Ao mesmo tempo, o último trimestre de 2024 marcou o início de um fluxo positivo nas exportações brasileiras de ovos, em patamares que deverão se sustentar ao longo de 2025”, ressalta.