Chuvas e queda de temperatura afetam piscicultura e pesca
Na região de Erechim, não foram registrados rompimentos de açudes ou viveiros
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (16/05), as chuvas intensas e a queda de temperatura, acompanhadas de dias nublados, afetaram a atividade piscícola em várias regiões do Rio Grande do Sul.
Região de Erechim
Apesar das condições adversas, não foram registrados rompimentos de açudes ou viveiros, nem mortes de peixes. Contudo, uma análise mais detalhada ainda será realizada para avaliar os impactos.
Região de Ijuí
Houve transbordamento de tanques, resultando na fuga de peixes para corpos d'água próximos. O fornecimento de alimento foi prejudicado, e ainda não se sabe a quantidade exata de peixes remanescentes nos tanques afetados.
Região de Passo Fundo
Os produtores foram orientados a suspender a alimentação artificial em dias mais frios, caso a temperatura da água fique abaixo de 16°C.
Região de Porto Alegre
Foram relatados enormes prejuízos devido ao transbordamento e rompimento de açudes, tornando incerto o futuro da atividade piscícola na região.
Região de Santa Rosa
Transbordamentos em algumas propriedades causaram a perda de alevinos e peixes maiores. No município de Santo Cristo, importante para a piscicultura, as chuvas excessivas danificaram infraestruturas e resultaram em grandes perdas na produção.
Região de Pelotas
Em Rio Grande, a enchente da Lagoa dos Patos alagou ilhas, forçando pescadores a buscar abrigo em embarcações, locais fornecidos pela prefeitura ou casas de parentes. Em Pelotas, comunidades pesqueiras foram inundadas, com a destruição de peixarias e residências. A Defesa Civil, o Exército, a Prefeitura e a Emater/RS-Ascar estão prestando apoio crucial.
Na Lagoa Mirim, a captura de traíra e viola continua, mas em Jaguarão, os altos níveis do rio e da lagoa prejudicam a pesca, afetando a renda dos pescadores. Em Tavares, apesar das chuvas intensas, a captura de camarão na Lagoa do Peixe está adequada, embora o acesso seja difícil devido às estradas precárias. Pescadores da Lagoa dos Patos permanecem em suas residências, sem alagamentos, mas impossibilitados de pescar.
Região de Santa Rosa
Em Garruchos, o Rio Uruguai atingiu 17,54 metros, desalojando várias famílias e impedindo o acesso aos locais de pesca. Em Porto Mauá, o aumento dos rios Santa Rosa e Santo Cristo elevou a oferta de peixes, especialmente na foz desses rios, mas a forte correnteza dificulta a pesca.
A situação continua a ser monitorada, e os produtores aguardam uma melhora nas condições climáticas para retomar suas atividades.