Soja: Venda o máximo que puder
Diante desse panorama, a recomendação da TF Agroeconômica é clara
Os preços da soja no Brasil encerraram o ano em queda, conforme análise da TF Agroeconômica, mesmo com o impulso do óleo de soja, que registrou alta significativa de 32,16%, sustentada pela forte demanda para biocombustível. No entanto, a pressão veio dos preços do farelo, que caíram 10,20% devido à demanda mais fraca. Nos últimos 45 dias, o mercado também foi impactado pelas estimativas otimistas de produção brasileira para a safra 2025/26, com projeções superiores a 170 milhões de toneladas, em contraste com previsões mais conservadoras do USDA e da CONAB.
O cenário indica uma tendência de baixa para os preços da soja em 2025, tanto no mercado interno quanto no externo. O aumento significativo da disponibilidade brasileira, aliado a uma oferta mundial robusta, reforça essa perspectiva. Apesar disso, os efeitos do fenômeno climático La Niña sobre as lavouras argentinas podem reduzir ligeiramente essa oferta global.
Diante desse panorama, a recomendação da TF Agroeconômica é clara: produtores devem priorizar a venda de seus estoques o mais rápido possível para evitar perdas diante da provável queda nos preços. O mercado segue atento às condições climáticas e à dinâmica global de oferta e demanda para ajustar suas estratégias. “Com isto, nossa projeção de preços para 2025 é de baixa, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, diante do aumento da disponibilidade brasileira (e mundial). Eventualmente, esta disponibilidade mundial poderá sofrer uma pequena retração com os efeitos de La Niña sobre as lavouras argentinas, mas nossa recomendação é: venda o máximo que você puder antes que os preços caiam”, conclui.