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Cultivar de soja voltada à alimentação humana avança para fase final de testes

Variedade apresenta sabor mais agradável ao paladar brasileiro



Foto: Pixabay

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) estão em fase final de desenvolvimento de uma nova cultivar de soja com características voltadas para a alimentação humana. A variedade, que não é transgênica, apresenta sabor mais adequado ao paladar brasileiro e deverá ser registrada junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) após a conclusão dos testes em campo.

A última etapa do estudo consiste no plantio da cultivar em duas Regiões Edafoclimáticas de Cultivo (REC), áreas definidas por condições específicas de solo, clima e latitude. Essa fase, que deve durar cerca de dois anos, é necessária para que a variedade possa ser validada oficialmente.

“A partir do registro, faremos o trabalho de difusão com os produtores, levando uma soja livre de transgênicos e de alto potencial para a alimentação humana, além de permitir diversificação da produção fora a indústria de óleos e de ração para animais”, afirmou a pesquisadora da EPAMIG Ana Cristina Juhász.

O projeto teve início em 2006, a partir de uma parceria entre a EPAMIG, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Triângulo de Pesquisa e Desenvolvimento. O objetivo inicial era o desenvolvimento de cultivares de soja convencionais e transgênicas com atributos melhorados, como aparência, sabor, cor do tegumento e do hilo, além de desempenho agronômico.

Com o encerramento da parceria em 2015, a EPAMIG passou a conduzir, de forma independente, as pesquisas voltadas exclusivamente para o uso da soja na alimentação humana. O processo de melhoramento genético priorizou variedades com características desejáveis, como grãos de cor marrom ou preta, maior tamanho e alto teor de proteína.

Três cultivares previamente registradas pela instituição — BRSMG 715A, BRSMG 790A e BRSMG 800A — foram utilizadas nos cruzamentos que resultaram na nova variedade, hoje em estágio avançado de desenvolvimento. Segundo Juhász, os grãos colhidos passam por análises sensoriais e testes de tempo de cozimento após a colheita, etapas fundamentais para garantir a adequação ao consumo humano.

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