Regiões sofrem com perdas de soja por falta de chuva
Bioinsumos ajudam soja a resistir à seca no RS
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (23), revela os impactos da estiagem prolongada nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul. A irregularidade e a escassez de chuvas têm comprometido o desenvolvimento das plantas em diversas regiões do estado, com perdas variando entre 20% e 50%.
- Bagé e Fronteira Oeste: As chuvas esparsas e mal distribuídas levaram a perdas de até 40% em municípios como Santana do Livramento e Santa Margarida do Sul. Em Maçambará, a situação é crítica, com mais de 40 dias sem precipitações em solos arenosos, resultando na morte de plantas. Já em Manoel Viana, precipitações de até 100 mm aliviaram parcialmente o cenário, estabilizando a quebra em 35%.
- Região da Campanha: Dom Pedrito concluiu o plantio de 165 mil hectares, com aumento de 3,13% na área prevista. Técnicas como o uso de bioinsumos têm reduzido os sintomas de estresse hídrico em algumas lavouras.
- Caxias do Sul: As chuvas recentes beneficiaram o florescimento e o enchimento de grãos, sem registros significativos de fitossanidade.
- Santa Maria e Santa Rosa: Estresse hídrico e dificuldades de fechamento de linhas comprometem o desenvolvimento fisiológico. Em áreas de solos rasos, perdas irreversíveis são registradas.
- Soledade: Cerca de 45% das lavouras estão em florescimento e 10% em enchimento de grãos. A reposição de umidade é essencial para evitar perdas adicionais.
Em diversas regiões, produtores intensificaram o manejo de pragas e doenças, com foco na ferrugem-asiática e percevejos. Sistemas de irrigação, embora limitados, têm ajudado a mitigar os impactos.
O monitoramento contínuo e a previsão de chuvas mais regulares serão cruciais para evitar perdas adicionais, especialmente nas lavouras em fase de florescimento e enchimento de grãos.